Na Campus Party, especialistas dão 5 dicas para montar uma loja virtual
Ter uma loja virtual pode ser uma oportunidade para pequenos empreendedores venderem mais. Mas muitos se iludem com o baixo custo de abertura de uma operação digital e se esquecem de pontos importantes. Para ter sucesso na rede, algumas dicas são: trabalhar num mercado segmentado, montar uma boa estrutura de logística e saber divulgar seu negócio.
Esses cuidados foram apontados por Gerson Rolim, coordenador de marketing e comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, João Ramirez, professor de empreendedorismo na Ecommerce School, e Gabriel Borges, fundador e presidente da Ampfy, agência de comunicação especializada em gestão de marcas nas redes sociais, que participaram da palestra "Dicas para alavancar um e-commerce" na Campus Party, em São Paulo, nesta quinta-feira (01).
Os debates voltados ao empreendedorismo acontecem até este sábado (02).
Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o mercado virtual é promissor, com perspectivas de crescimento no curto e médio prazos. A entidade estima que as lojas virtuais brasileiras faturaram R$ 22 bilhões em 2012. Veja a seguir cinco dicas para ter um negócio bem-sucedido:
1. Encontre um nicho de mercado
Segundo Ramirez, as oportunidades no comércio eletrônico estão na segmentação de públicos, pois os grandes varejistas já dominam o comércio geral. “Ao segmentar, você fala com um público menor do que o grande varejista, mas, se você for especialista no assunto, o público vai preferir você.”
2. Faça um bom planejamento
Rolim diz que o comércio eletrônico no Brasil, que começou por volta de 1998, passa por uma fase de amadurecimento e o empreendedor que quer tirar sua loja virtual do papel precisa prever possíveis dificuldades relacionadas à legislação em seu planejamento.
“A maioria das lojas virtuais distribui seus produtos a partir de São Paulo e já há uma briga dos outros estados por causa do ICMS. O governo quer normatizar o setor, o que complica para o empreendedor. É importante prever isso no planejamento para ter sucesso.”
3. Leve em conta a logística
Uma loja virtual não tem os mesmo custos que uma loja física, como aluguel e salário de vendedores, no entanto, a logística é ponto fundamental do comércio eletrônico. Ter uma boa rede de distribuição permite rapidez na entrega e benefícios para o cliente, como frete grátis.
“É importante lembrar que o consumidor tem o direito de devolver o produto em até sete dias se ele não gostar da compra e a loja tem que retirar e arcar com esse custo. Se a taxa de devolução da loja virtual for acima de 5%, há grandes chances de quebrar”, afirma Rolim.
4. Ofereça formas de pagamento
As compras via cartão de crédito representam 80% das vendas online, segundo Rolim. Nesta forma de pagamento, o empresário paga uma taxa para as administradoras dos cartões a cada transação e também precisa de um sistema antifraude, como o UOL Pag Seguro. Rolim diz que é importante aceitar cartão de crédito por causa das compras que os consumidores fazem por impulso.
“Das compras feitas por boleto, 50% se perdem entre a impressora e a lotérica. O consumidor se arrepende e não faz o pagamento.”
5. Faça marketing online
Já que não possui loja física que chame a atenção do cliente, a loja virtual tem que aparecer na internet. Isso inclui resultados de buscas e redes sociais. Borges diz que todo consumo acontece num contexto social e as redes de relacionamento podem ser uma importante ferramenta para estimular vendas. É o chamando social commerce, a fusão entre comércio eletrônico e redes sociais.
“Os modelos das redes de relacionamento podem dar outros significados para o produto, fazer os consumidores comprarem e recomendarem para seus contatos”, afirma.
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