ONU diz que compra de marcas 'veneradas' ajuda economia do Brasil
O Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, órgão da ONU), destaca que o Brasil e outros países emergentes passaram a ser donos de marcas globais "veneradas" e isso deve impulsionar sua economia.
O documento cita diretamente a compra da americana Swift pela brasileira JBS Friboi, como estratégia para incorporar a concorrência e entrar no mercado dos EUA.
A compra da Swift foi feita em 2007, mas há outros casos mais recentes, como a fabricante do ketchup Heinz, a cerveja Budweiser e a rede de fast food Burger King, todos ícones americanos.
O órgão da ONU mostra como os países emergentes avançaram sobre essas marcas globais. Considerando a lista da revista "Fortune" das 500 maiores empresas do mundo, três delas eram brasileiras, cinco da Índia e 16 da China.
Apenas cinco anos depois, em 2011, houve um salto: o Brasil tinha sete empresas na lista, a Índia oito e a China 61.
Segundo o Pnud "o Sul (países emergentes) estão se tornando globais graças a fusões e aquisições. A compra de marcas veneradas do Norte (países ricos) por companhias de países emergentes é um marco da ascensão do Sul".
Entre os vários exemplos, o relatório cita a compra da divisão de notebooks da IBM pela empresa chinesa Lenovo em 2005. Também lembra a venda da marca sueca de carros Volvo para a chinesa Zhejiang Geely em 2010.
Em 2008, o grupo indiano Tata comprou a Jaguar Land Rover. Em 2011, uma empresa turca adquiriu a fabricante belga de chocolates Godiva.
O Pnud avalia que essas aquisições de ícones nacionais por empresas estrangeiras "são frequentemetne interpretadas em termos patrióticos", mas defende que os resultados são importantes para a economia.
Segundo o relatório, não se sabe a lucratividade e o ganho de valor é certo em curto prazo, mas "em longo prazo, os motivos estratégicos parecem indicar que são adquiridos conhecimento, talentos e competências que ajudarão as companhias a se expandir no mercado e doméstico".
Para o Pnud, a compra dessas empresas ensina os países emergentes a lidar em mercados maduros, dá ganhos tecnológicos e permite melhorar as operações.
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