Empresa usa foto de famosos no Instagram para vender mais
Ligar a imagem de seu produto a famosos foi a estratégia de negócio adotada por Nilson Gouvêa e Charles Simão, sócios da Print4Me, para tornarem a sua marca conhecida. A empresa produz capas para celular personalizadas com fotos da rede social Instagram e oferece o acessório de presente para personalidades do meio artístico.
Apesar de ser nova –a empresa foi criada em novembro do ano passado–, já é famosa na internet, graças às celebridades que postam fotos no aplicativo mostrando suas capas de celular com fotos do seu cotidiano.
O Instagram é um aplicativo de celular gratuito que permite aos usuários tirar uma foto, aplicar um filtro e depois compartilhá-la em uma variedade de redes sociais. Atualmente, a rede conta com 90 milhões de usuários, segundo dados oficiais da empresa.
A estratégia de divulgação tem dado certo, segundo Gouvêa. “Procuramos vincular nossa imagem a famosos em ascensão e eles nos agradecem postando fotos com as capas e dedicatórias”, diz.
A empresa de Belo Horizonte produz somente capas para iPhones 4 e 5 e vende cerca de 800 unidades por mês, para todo o Brasil. A partir de maio, a Print4Me vai diversificar os produtos para driblar a concorrência e garantir espaço no mercado.
“Estamos adaptando nosso software para fazer, também, capas para os aparelhos Galaxy SII e SIII, para iPad e também quadros personalizados”, afirma Gouvêa.
Junto com os novos produtos, chegará a opção de usar fotos de outras redes sociais, como o Facebook, e também fotos do computador que não estejam publicadas na internet.
“No início, a exclusividade do Instagram foi um diferencial no posicionamento de mercado. As pessoas só postam as fotos de que mais gostam na rede. Então, oferecer um produto personalizado é uma boa oportunidade. Agora que já temos concorrentes, vamos nos adaptar e nos diferenciar”, declara Gouvêa.
Oferecer outros produtos ajuda empresas a sobreviver
Daniel Belarmino da Silva estampa almofadas com fotos do Instagram
Diversificar a oferta de itens também é a estratégia do analista de sistemas Daniel Belarmino da Silva, dono da Laboratório Monstro. Na loja virtual, ele vende almofadas estampadas com as fotos do Instagram escolhidas pelos usuários.
Dá para fazer almofadas com fotos da família, dos amigos, de viagens e de outros momentos.
A empresa também foi criada em novembro do ano passado com investimento inicial de R$ 7.000, que incluiu a compra de computador, a criação da loja online, a compra de enchimento para as almofadas e a produção de algumas unidades para divulgação.
Em quatro meses, Silva recuperou o valor investido e tem faturamento de cerca de R$ 5.000.
Para não ficar tão dependente da rede social para atrair clientes, Silva, que também é ilustrador, está criando desenhos para estampar as almofadas e convidando outros ilustradores para fazerem o mesmo.
“Eu pago uma comissão por vendas e, assim, consigo diversificar meus produtos. Mas as almofadas com estampas do Instagram são as que mais vendem, porque são personalizadas”, diz.
Com o sucesso da empresa, ele espera poder sair do seu emprego fixo para se dedicar totalmente ao negócio dentro de alguns meses.
Vai e vem das redes sociais dá instabilidade ao negócio
Thiago Ueda faz ímãs de geladeira personalizados
Assim como Silva, o empreendedor Thiago Ueda espera sua empresa se consolidar para largar seu emprego. Ele, que trabalha como designer em uma empresa que desenvolve aplicativos de celular, criou a Fixagram, que faz ímãs de geladeira personalizados com fotos do Instagram.
Ele sempre quis ter um negócio próprio na área de tecnologia e realizou o sonho em janeiro do ano passado.
O próximo passo é ampliar a participação da empresa como fornecedora de brindes em eventos corporativos.
“Eu sei que é arriscado ter um negócio relacionado ao Instagram porque a rede social pode sair de moda, mas, por enquanto, estou aproveitando o bom momento”, diz.
Os empreendedores estão certos em diversificar os negócios. Preocupar-se com isso, aliás, é um conselho do consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) Marcelo Sinelli.
“Hoje, esse mercado está aquecido, mas pode ocorrer uma mudança tecnológica que afete o negócio. O empreendedor tem que pensar, pelo menos, cinco anos à frente e ter sempre um plano B, ou até um plano C para uma possível emergência”, declara.
Por outro lado, os negócios digitais, que exigem pouco espaço de armazenamento, e os produtos personalizados são uma tendência de mercado e oferecem boas oportunidades, de acordo com o consultor.
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