Mercado pet fatura R$ 14,2 bi por ano; alimentação representa 68,5%
O Brasil registra o segundo maior faturamento do mercado de animais domésticos e serviços destinados aos bichos de estimação, atrás somente dos Estados Unidos.
No ano passado, o setor faturou R$ 14,2 bilhões, crescimento de 16,4% na comparação com o ano anterior, segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). Desse total, 68,5% (R$ 9,72 bilhões) é representado pelo segmento de alimentação para animais.
Para este ano, a previsão é de que esse mercado cresça entre 8% e 15%.
Segundo o presidente-executivo da entidade, José Edson Galvão de França, há espaço para novos negócios na área de guloseimas para pets. “No mercado de rações, a concorrência é maior. Quando se fala em mimos, é uma área ainda em desenvolvimento no país”, declara.
O presidente da Abinpet afirma, no entanto, que, antes de lançar um produto no mercado, o empreendedor deve pesquisar quais são as regiões da cidade com maior concentração de animais. Depois, ele pode perguntar se os donos estão dispostos a comprar uma guloseima diferente para seus bichos.
"Se o dono não se preocupar com a alimentação do animal, dificilmente vai querer gastar dinheiro com docinhos para seu pet"
França afirma que há oportunidades no mercado de bolos para pets e petiscos com valor nutricional. "O empreendedor pode fazer, por exemplo, um biscoito rico em vitaminas para ajudar a completar a alimentação do animal."
De acordo com França, o mercado de guloseimas pet surgiu porque houve uma elevação de renda de parte da população. "Isso possibilitou que os donos de animais dessem um mimo a mais para o seu bichinho."
A empresária Ana Paula Soares, 47, vende sorvetes para cães em São Paulo, e a empresa Chocodog’s produz petiscos sabor chocolate para cachorros em Valinhos (85 km a noroeste de São Paulo).
Empresa precisa se adequar para funcionar na legalidade
O empreendedor que deseja ingressar no mercado de guloseimas pets precisa obter autorização do Ministério da Agricultura para funcionar e contratar um veterinário ou zootecnista responsável pela produção.
Segundo a assessora técnica do CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo), Sheila Pincinato, esse profissional pode identificar substâncias na receita do produto que, eventualmente, sejam prejuidiciais ao animal.
Além disso, o veterinário ou zootecnista é quem vai elaborar a tabela nutricional do produto, igual à existente nos alimentos para humanos. "Sem isso, o negócio pode ser multado ou fechado”, diz Pincinato.
Açúcar, cacau e cafeína são contraindicados para alimentos pet
Ingredientes como açúcar, cacau e cafeína devem ser evitados em alimentos para animais de estimação, segundo a assessora técnica do CRMV-SP.
Pincinato afirma que o açúcar pode gerar aumento de peso do animal e desaceleração do metabolismo. O cacau e a cafeína podem contribuir para quadros de hiperatividade e para a ocorrência de ataques cardíacos.
O cacau contém, ainda, uma substância chamada teobromina, que pode causar intoxicação nos cães. Dar chocolate de consumo humano para o animal é contraindicado, de acordo com a especialista.
“Uma barra de 170 g de chocolate meio amargo, por exemplo, é capaz de levar um cão de dez quilos à morte. Caso o dono queira fazer um agrado ao animal, é melhor optar por produtos específicos para pets”, afirma.
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