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Riqueza do pré-sal será passaporte para o futuro, diz Dilma

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

22/10/2013 13h08Atualizada em 22/10/2013 14h52

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (22) que a riqueza gerada pelo pré-sal será um passaporte para o futudo do país.

A presidente utilizou como base para o discurso dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que mostram que a União e a Petrobras (PETR4) ficarão com 85% da renda do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.

"Aqueles que falam em privatização, no mínimo, desconhecem essas contas. Esse valor é impotante pois mostra que o passaporte para nosso futuro é transformar essa riqueza perecível e finita, que é o petróleo, em uma riqueza infinita, que é dar educação de qualidade pro povo brasileiro", disse.

A presidente afirmou ainda que grande parte do dinheiro gerado com a exploração do campo de Libra será usado para a educação e a saúde.

"Licitamos o campo de Libra, talvez o maior campo de petróleo em processo de exploração do mundo no momento atual. Esse campo vai permitir de fato os grandes recursos para a saúde e educação".

Ontem, o consórcio formado pela Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, e as estatais chinesas CNPC e CNOOC foi o único a fazer uma oferta e venceu o leilão do campo de Libra, no pré-sal, o maior campo de petróleo já descoberto no Brasil.

Em um discurso em rede nacional, a presidente já havia afirmado que o leilão de Libra é "muito diferente de uma privatização".

Dilma diz que 85% dos recursos do campo de Libra ficam com o Brasil

Dilma defende consórcio vencedor

A presidente disse ainda, nesta terça, que o governo ficou “satisfeito” com o leilão de Libra e saiu em defesa do consórcio vencedor.

“O governo está satisfeito com o resultado do leilão, acha o consórcio sólido, está satisfeito com a destinação desta riqueza, dessa alquimia que nós conseguimos, porque nós transformamos e vamos transformar petróleo em educação, petróleo em saúde”, disse.

Sobre as empresas vencedoras, Dilma afirmou que elas “não têm preconceito" entre si.

“O consórcio que ganhou é um consórcio sólido, com grandes empresas, que não têm preconceitos entre elas. As grandes empresas de petróleo não têm preconceito, como muitas vezes é externado aqui no Brasil, com empresas chinesas, até porque as empresas chinesas são umas das maiores do mundo, controlam os fluxos comerciais, têm parcerias sólidas com a Shell em outros países."

Em tom irônico, ela rebateu ainda as notícias de que o governo não teria ficado satisfeito com o resultado.

“Essa história que eu fico intrigada. Muitas vezes, eu acordo de manhã e eu olho para o espelho e pergunto a mim mesma, quem será essa fonte do Planalto, quem será essa fonte do governo. É uma coisa que intriga, viu, gente, é uma coisa que intriga. Eu pergunto para os meus botões, mas esses botões são muito ignorantes, não conseguem me responder”, disse aos jornalistas.

(Com agências)