Prejuízo da OGX sobe seis vezes e atinge R$ 2,2 bilhões no 3º trimestre

A petroleira OGX (OGXP3), de Eike Batista, teve prejuízo líquido de R$ 2,118 bilhões no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado, a OGX tinha anunciado prejuízo líquido de R$ 343,6 milhões. Isso representa um aumento de 516% nas perdas da companhia.

A empresa informou seus resultados na noite desta quarta-feira, após ter adiado a divulgação por duas vezes.

Empresa está em recuperação judicial

Em crise, a OGX encontra-se em processo de recuperação judicial. A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise, mas acreditam ter chances de sobreviver. Esse é o maior caso de recuperação judicial da América Latina, segundo a agência de notícias Reuters.

A OGX declarou que deve, no total, R$ 11,2 bilhões --esse é o montante descrito como “passivo consolidado” no pedido feito à Justiça.

O pedido de recuperação da empresa já era amplamente esperado, depois que a empresa não conseguiu chegar a um acordo com credores para reestrutura sua dívida.

Petroleira em crise

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira.

No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos, antes consideradas promissoras.

Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de R$ 280 milhões ao governo por direitos exploratórios.