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Elegê troca leite com gosto ruim no Rio e faz acordo para pagar R$ 150 mil

Do UOL, em São Paulo

24/03/2014 19h53

A BRF, dona da marca de leites Elegê, admitiu responsabilidade na venda de leite impróprio para o consumo e fez um acordo com o Procon da cidade do Rio de Janeiro para trocar os lotes com defeito e ainda pagar uma compensação coletiva.

A empresa assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) comprometendo-se a pagar R$ 150 mil para o Fundo de Defesa do Consumidor. Os recursos do fundo são revertidos para ações de fiscalização e educação sobre consumo.

Os clientes que compraram leite impróprio poderão fazer a troca a partir desta quarta-feira (26) no mesmo local onde a compra foi feita.

O Procon recebeu reclamações dos consumidores cariocas relacionadas ao "gosto ruim" ou "amargo" do produto, que estariam "estragados apesar de dentro do prazo de validade que consta na caixa". Também houve relatos de pessoas que passaram mal após ingerir a bebida.

A BRF informou que o sabor e a cor alterados do produto são provenientes de "uma quebra de cadeia de proteínas" do leite, o que não causaria danos à saúde ou à integridade física dos consumidores. De acordo com a empresa, a alteração no produto não possui relação com "adição de químicos".

Consumidor poderá trocar produto a partir de quarta-feira

No total, 280 mil litros de leite desnatado fabricados nos dias 31/12/2013, 8/1/2014 e 14/01/2014 têm problemas.

No acordo feito com o Procon, a BRF concordou, ainda, em continuar o recolhimento dos produtos sem condições de consumo e a apresentar, nos próximos 30 dias, laudos de laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura de toda a produção dos meses de janeiro e fevereiro de 2014.

Caso a BRF não cumpra os termos incluídos no acordo, terá de pagar multa diária no valor de R$ 5.000.

A venda de outros lotes do leite Elegê, que foi suspensa pelo Procon da cidade do Rio de Janeiro na semana passada como medida de prevenção, poderá ser retomada nesta terça-feira (25).

Leites de outras marcas também foram vendidos em outros Estados com qualidade imprópria para consumo recentemente.

Na semana retrasada, o Ministério Público do Rio Grande do Sul afirmou que 300 mil litros de leite adulterado com formaldeídos (formol) foram enviados para as cidades de Guaratinguetá (SP) e Lobato (PR) e colocados à venda, respectivamente, em embalagens com as marcas Parmalat e Lider, de propriedade da empresa LBR Lácteos.