Dirigíveis podem chegar longe, mas têm custo alto, diz especialista
O uso de dirigíveis no transporte de carga está nos planos de algumas empresas que atuam na Amazônia e pode ajudar a amenizar os problemas de infraestrutura da região.
Mas o projeto esbarra em algumas dificuldades, como velocidade baixa na comparação com aviões e custo inicial elevado, diz Augusto Rocha, professor da Universidade Federal do Amazonas e coordenador do comitê de logística do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas.
A Airship do Brasil, que produz dirigíveis para carga, diz que a principal vantagem dessas aeronaves é que elas podem fazer o transporte ponto a ponto, ou seja, podem buscar grãos na lavoura e levá-los diretamente para o destino final, seja uma estrutura de armazenamento, seja um navio.
Isso não seria possível no caso de um avião de carga, por exemplo.
Ventos e chuvas fortes são um problema
O professor Augusto Rocha afirma que chuvas e ventos fortes podem inviabilizar o uso dos dirigíveis, o que se torna um problema especialmente numa região como a da Amazônia.
Rocha diz que os clientes que optarem por dirigíveis não podem ter pressa. O modelo desenvolvido pela Airship do Brasil, por exemplo, atinge a velocidade de 120 km/h, ante os 913 km/h do Boieng 747-8F.
A empresa diz que a velocidade dos dirigíveis pode ser mantida durante todo o processo de transporte. Caso se opte por levar a carga por avião, será necessário depois dar continuidade ao transporte com caminhão, por exemplo, e aí a velocidade vai depender das condições de conservação das estradas.
Outro fator que pesa contra os dirigíveis é que, apesar de eles terem começado a ser usados em 1900, a tecnologia empregada hoje é relativamente nova.
"Hoje a estrutura deles é diferente da que se usava lá atrás, são novos compostos, novo material. Faltam engenheiros, técnicos, gente qualificada para fazer a manutenção", diz Rocha.
A ausência desse domínio tecnológico pode tornar essa opção, principalmente no começo, muito cara, segundo o professor.
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