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United compra parte da Azul, e empresas vão compartilhar malha aérea

Divulgação
Imagem: Divulgação

Maria Carolina Abe

Do UOL, em São Paulo

26/06/2015 13h11Atualizada em 26/06/2015 14h07

A companhia aérea brasileira Azul e a norte-americana United Continental (dona da United Airlines) anunciaram nesta sexta-feira (26) uma parceria para compartilhamento da malha aérea. 

A United pagou US$ 100 milhões por 5% de participação na brasileira e poderá indicar um membro para o Conselho de Administração. David Neeleman continua sendo controlador da Azul, com 67% de participação. A operação ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Juntas, as empresas dizem que poderão oferecer ligações para mais de 450 destinos e mais de 6000 vôos diários. A Azul afirmou que vai manter seus voos atuais para os EUA, porque os considera "complementares" aos da United e que pretende voar para Nova York no ano que vem.

"O Brasil é um mercado importante em nossa malha de vôos internacionais e esta parceria reforça nossa presença no país", disse Jim Compton, vice-presidente e diretor de Vendas da United.

Compra de passagens e programa de milhas

Quando o consumidor do Brasil poderá comprar uma passagem por meio dessa parceria? "Em breve", diz Antonoaldo Alves, presidente da Azul, sem definir uma data específica. "Em no máximo 30 dias."

Os programas de fidelidade TudoAzul e MileagePlus, da United, também serão "integrados": quem voar por qualquer das duas aéreas acumula milhas e pode resgatar em passagens de ambas as companhias.

Azul no mercado nacional

Com essa parceria, a Azul busca atrair mais passageiros e avançar no mercado. Atualmente, ela é a terceira maior companhia aérea brasileira, atrás de TAM e Gol.

A empresa começou a operar em 2008, atuando em cidades brasileiras pequenas e com pouco serviço, e manteve uma participação de mercado de cerca de 17% desde que comprou a Trip Linhas Aéreas. 

Entrada na Bolsa

A Azul já cancelou por três vezes sua entrada na Bolsa brasileira. Segundo Neeleman, fundador da empresa, a Azul está preparada para entrar na Bolsa, mas aguarda um momento em que o mercado esteja melhor.

Compra da TAP

No dia 11 deste mês, o consórcio com o investidor David Neeleman, fundador da Azul, venceu o processo de privatização da companhia aérea estatal portuguesa TAP.

Neeleman aliou-se ao empresário português Humberto Pedrosa e foi escolhido pelo governo português para ficar com 61% da companhia.

Ao assinar o contrato, o empresário disse que a meta para a TAP é comprar pelo menos 53 aviões (14 airbus A330 e 39 airbus A321 e A320), "expandir muito para os EUA", onde pretende voar para mais dez destinos, e apostar no mercado brasileiro, com oito a dez novas rotas. 

Oscar da aviação

A Azul foi eleita a melhor companhia aérea de baixo custo da América Latina pelo "Oscar" da aviação (Skytrax World Airline Awards). Os premiados são definidos após uma pesquisa com clientes de companhias áreas.

No ranking com todas as empresas do mundo, a empresa aparece em 62º lugar. 

(Com Bloomberg e Público)