Em 2008, Lula comemorou grau de investimento do país; hoje, minimiza perda
Nesta quinta-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a decisão da agência de risco Standard & Poor's de rebaixar a nota de crédito do Brasil de "BBB-" para "BB+", fazendo o país perder o chamado "grau de investimento".
"Isso não significa nada", disse o ex-presidente. "Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer."
As declarações foram feitas durante o 3º Congresso Internacional de Responsabilidade Social, em Buenos Aires (Argentina). No discurso, o ex-presidente criticou as agências de risco, argumentando que elas usam critérios diferentes para os "países quebrados da Europa".
Em 2008, durante seu governo, quando o país conquistou o grau de investimento, Lula comemorou o feito. Ele disse que era uma conquista do povo brasileiro e sinônimo de "seriedade" das ações do governo.
"Agora o Brasil é considerado um país sério por parte dos investidores estrangeiros", disse, na época.
"Não sei nem falar direito a palavra 'investment grade', mas se fossemos traduzir para uma linguagem que todos os brasileiros entendam, pode-se dizer que o Brasil foi declarado um país sério, que tem políticas sérias, que cuida de suas finanças com seriedade", afirmou.
"O Brasil, na verdade, virou 'investment grade' porque o Brasil toma conta do seu nariz, decide a sua política econômica, decide aquilo que nós queremos fazer".
O que significa a perda de grau de investimento?
A perda de grau de investimento significa que o país deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.
A decisão da S&P deve elevar os custos de financiamento para o governo e para as empresas locais e também pode reduzir o fluxo de entrada de dólares no país, deixando a moeda ainda mais cara. O dólar já acumula alta de mais de 40% ante o real somente neste ano.
O país ainda mantém o grau de investimento de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's.
(Com Agência Brasil)
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