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Com gasolina a quase R$ 4, grupo organiza boicote a postos no DF

Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Do UOL, em São Paulo

13/01/2016 11h25

O alto preço da gasolina revoltou um grupo de consumidores no Distrito Federal, que organiza, pelo Facebook, um boicote aos postos de combustíveis para o próximo dia 22.

"Vamos dar um basta nessa farra dos postos do DF! Além deles não repassarem nosso desconto após a descoberta dos escândalos de corrupção envolvendo preços abusivos, ainda teremos que pagar quase R$ 4 o litro de gasolina?", afirma o texto de apresentação do grupo na rede social.

Até às 11h desta quarta-feira (13), cerca de 20 mil pessoas haviam demonstrado apoio ao evento "Boicote aos postos de gasolina no DF", que pode ser acessado pelo link http://zip.net/bgsHBw (endereço encurtado e seguro). "Dia 22/01/2016, vamos nos programar para não abastecer nossos veículos e fazer esses donos de postos de gasolina terem o maior prejuízo", diz o chamado do grupo.

Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço médio do litro da gasolina em postos de Brasília, no começo do ano, era de R$ 3,77.

Operação Dubai

Em novembro, a Polícia Federal desarticulou uma organização responsável, há vários anos, por um cartel na distribuição e revenda de combustíveis no Distrito Federal e cidades do entorno, que pode ter causado prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão por ano.

As investigações da Operação Dubai foram feitas em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e acompanhadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

Queda nas vendas

As vendas de combustíveis no Brasil recuaram 3,4% em 2015, em sua primeira queda ante o ano anterior desde 2005, apesar do forte aumento no consumo de etanol hidratado para volumes históricos, segundo dados publicados nesta terça-feira pelo sindicato das distribuidoras de combustíveis (Sindicom).

O recuo das vendas, registrado entre as associadas do sindicato no período, foi principalmente devido à menor atividade econômica e à queda estimada no consumo das famílias, segundo o diretor de Mercado do Sindicom, César Guimarães.

(Com agências)