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Gasto de brasileiro no exterior cai 25,9% no acumulado do ano, até setembro

Do UOL, em São Paulo

25/10/2016 11h13

Os brasileiros gastaram US$ 1,294 bilhão em viagens internacionais em setembro, um aumento de 2,7% em relação a setembro do ano passado (US$ 1,26 bilhão). Foi o segundo mês seguido de alta. 

No acumulado do ano, porém, os gastos no exterior foram de US$ 10,48 bilhões, queda de 25,9% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 14,139 bilhões). 

Os números são do Banco Central (BC) e foram divulgados nesta terça-feira (25).

Na comparação com o resultado de agosto (US$ 1,292 bilhão), os gastos ficaram quase estáveis, com leve alta de 0,15%. 

Patamar muito baixo

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, "estamos iniciando nova tendência de crescimento nas despesas de viagens internacionais”.

Um dos fatores que explicam essa tendência, segundo ele, é o fato de os gastos estão em  um patamar historicamente baixo, após meses seguidos de queda.

Além disso, os gastos no exterior são favorecidos pela recente desvalorização do dólar, que chegou a R$ 4 no início do ano e hoje está em torno de R$ 3,12.

Turistas no Brasil gastaram mais no acumulado do ano

Já os gastos de estrangeiros no Brasil caíram 8,85% em setembro. No mês passado, os turistas deixaram aqui US$ 443 milhões --foram US$ 486 em setembro de 2015.

No acumulado ano, contudo, os gastos dos turistas chegaram a US$ 4,67 bilhões, 7,7% a mais que os US$ 4,33 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. 

Nova metodologia do BC

Em abril do ano passado, o BC adotou nova metodologia internacional para medir as contas externas.

Dentro da conta de serviços, onde estão os gastos com viagens, o BC passou a apresentar novas linhas, como serviços de propriedade intelectual (antigos royalties), e telecomunicações, computação e informações, que capta despesas com software, por exemplo.

A nova nota também traz outros serviços --pesquisa, desenvolvimento, publicidade, engenharia, arquitetura, limpeza e despoluição--, e serviços culturais, pessoais e recreativos.