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Site falso, metade do dobro: veja 7 armadilhas e evite cair na Black Fraude

Na Black Friday, lojas inflam valor do frete; saiba aproveitar as ofertas

TV Folha

Thâmara Kaoru

Do UOL, em São Paulo

21/11/2017 04h00

Quem está se preparando para fazer compras na Black Friday deve tomar cuidado para não cair em algumas armadilhas comuns nessa data. 

Para listar os erros mais frequentes, o UOL conversou com Felipe Paniago, diretor de marketing do site Reclame Aqui, e com Francisco Cantão, fundador do site Black Friday de Verdade e sócio-diretor da Proxy Media Marketing Digital. Confira abaixo.

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1. Comprar sem pensar = mau negócio

O consumidor vai se deparar com diversas ofertas. Quem não fizer um planejamento pode acabar comprando o que não precisa e sem ter certeza de que fez um bom negócio.

"Quem não se planeja e não faz uma lista, mas quer aproveitar a Black Friday de algum jeito, acaba comprando sem ter vantagem ou compra por um valor que já encontraria sem o evento", diz Paniago.

"O consumidor que pesquisou tende a fazer um melhor negócio. Hoje, há sites de comparação de preços que ajudam nesse quesito. A dica é: começar a procurar antes para saber se o preço está vantajoso ou não", afirma Cantão.

2. Descontos fantásticos em sites falsos

Nesse período do ano, começam a surgir sites e e-mails falsos, para aplicar golpes nos consumidores. "Não é o momento para fazer novas experiências. Se é um site muito novo, melhor não arriscar. Descontos fantásticos não acontecem nem na Black Friday", diz Paniago.

Cantão concorda. "O consumidor deve desconfiar de preços irreais. Um produto de R$ 3.000 não vai custar R$ 500 na Black Friday, e surgem sites que simulam isso para pegar dados cadastrais do cliente. O consumidor não pode agir por impulso."

Além de roubar dados ou receber o pagamento, mas sem entregar o produto, há sites que podem entregar também produtos falsos. Para evitar esse problema, os especialistas recomendam verificar o histórico do site em redes sociais, no Procon ou no site Reclame Aqui.

3. Promoção: metade do dobro

Se a empresa sobe o preço antes da Black Friday para depois dizer que o produto está com desconto, há maquiagem de preço. Isso já aconteceu em anos anteriores, fazendo com que o evento ficasse conhecido como "Black Fraude".

Para não cair nessa, a dica é pesquisar o valor do produto antes de comprar e, se possível, monitorar esses valores. Sites de comparação de preços podem ajudar nesse processo.

4. Preço aumenta na hora de pagar

Você encontrou o produto no preço que queria, mas, na hora de adicioná-lo no carrinho, o valor subiu? Esse é um problema frequente na Black Friday. "Acontece esse tipo de situação porque o preço vai mudando conforme a promoção."

A dica dos especialistas é registrar no momento da compra --com uma foto, por exemplo-- o preço do produto com o nome da loja, data e horário.

5. Preço baixo, mas frete caro

O consumidor pode se deparar também com uma taxa de entrega alta. "A loja dá um super desconto e depois cobra tudo o que deu de promoção no frete", diz Paniago. Quem encontrar valores considerados abusivos para o frete pode reclamar nos órgãos de defesa do consumidor.

6. Presente de Natal só chega em 2018

Há quem aproveite a Black Friday para adiantar as compras de Natal, mas é preciso ter cuidado com o prazo de entrega do produto.

"No site diz que a entrega será em 25 dias úteis. Ou seja, ele só vai receber o produto em 2018. Às vezes, o consumidor não olha o prazo, não vê que são dias úteis ou, com a letra pequena, acaba se confundindo", diz Paniago.

7. Site funciona como 'vitrine' de outros sites

Grandes sites têm parcerias com empresas e sites menores, que anunciam os produtos em sua página. São os chamados "marketplaces". Nesses casos, o site de grande porte funciona como uma vitrine para essas lojas menores, diz Paniago. Por isso, pode acontecer de um site oferecer o mesmo produto com preços diferentes, dependendo da loja parceira. 

Se comprar mais de um produto nesse tipo de site, cada um pode ter um prazo de entrega diferente.

Se tiver algum problema com a compra, o consumidor deve procurar primeiro quem vendeu (a loja parceira), mas também pode reclamar no site que anunciou o produto.