Acordo Embraer-Boeing depende do governo; Bolsonaro já se disse favorável
A conclusão do acordo firmado entre a norte-americana Boeing e a brasileira Embraer pode demorar mais de duas semanas e ficar para 2019, quando o presidente do Brasil será Jair Bolsonaro (PSL). Ele assume em 1º de janeiro. O futuro chefe da nação já disse em diferentes ocasiões que é favorável ao acordo entre as fabricantes de avião.
Após meses de negociação, as empresas definiram os termos do acordo, mas sua concretização depende da aprovação do governo brasileiro. Embora a Embraer tenha sido privatizada em 1994, o governo é dono de uma "golden share", uma ação especial que dá direito a veto em decisões importantes, como a venda do controle da empresa.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro indicou que manteria o acordo entre Boeing e Embraer, dizendo que a brasileira precisava se posicionar para não perder mercado. "Se a Boeing fizer um acordo que seja bom para eles e para nós, acho que o negócio é bem-vindo. Não podemos nos isolar do mundo", disse.
O acordo encontrava resistência em alguns setores militares, nos quais o candidato tem amplo apoio. Mas os assessores econômicos do então candidato diziam que o acordo é essencial para o futuro da Embraer, após a fusão da maior concorrente da brasileira, a canadense Bombardier, com a gigante Airbus, rival da Boeing.
Bolsonaro contra Embraer 'solteira'
Já eleito, Bolsonaro confirmou que autorizaria a operação. "A fusão da Embraer com a Boeing continua sem problema algum e vou avalizar", disse em sua primeira entrevista a jornalistas após o segundo turno.
Mais recentemente, no final de novembro, Bolsonaro afirmou que, se a "Embraer continuar solteira como está, a tendência é desaparecer", após participar de uma formatura de sargentos na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), no Vale do Paraíba.
A sede da Embraer fica em São José dos Campos (SP), também no Vale do Paraíba, e é uma das joias da economia da região.
Governo Temer também tende a aprovar
A aprovação pelo governo brasileiro também deve transcorrer sem problemas caso os trâmites se acelerem e o acordo vá para a mesa da Presidência da República ainda sob Michel Temer (MDB).
O governo já disse estar satisfeito com os termos prévios do acordo ainda na fase de negociação. Semanas depois, em um evento com a participação do presidente, o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse que o governo aprovaria o acordo.
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