Governadores tendem a apoiar reforma da Previdência, mas cobram diálogo
Os governadores tendem a apoiar a reforma da Previdência apresentada pelo governo federal hoje, mas cobram mais diálogo para as próprias reivindicações junto ao Planalto e à equipe econômica. Os mandatários estaduais se reuniram pela manhã em Brasília e, no evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou a proposta já entregue no Congresso Nacional.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que a pauta é extensa e precisa ser negociada pois os interesses dos estados também têm de ser contemplados, defendeu.
"Não adianta fazer a recuperação da União e deixar os estados na situação em que se encontram. [...] Certamente haverá um entendimento. Há uma boa vontade no sentido da reforma da Previdência", disse.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), cobrou uma reforma integral para que recursos que iriam para a educação e saúde das unidades federativas não sejam remanejados para cobrir o déficit da Previdência Social.
"O apoio dos governadores certamente virá através das bancadas, mas é preciso ter um diálogo sobre a situação dos estados que é grave. [...] Não é possível entrarmos numa discussão simplesmente da reforma da Previdência sem discutir outras questões importantes neste primeiro ano de governo", declarou.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), lembrou que os estados e municípios são grandes empregadores, portanto, o projeto não pode ser "único" para atender somente a realidade da União.
"Não adianta querermos resolver um processo daqui a cinco anos, sendo que os atuais governadores estariam 100% excluídos da condição de governabilidade. O que precisamos fazer é resolver o problema da Previdência Social e dar condições para que os governadores penalizados pela irresponsabilidade do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal tenham condições de governar e atender sua população", afirmou.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ressaltou a importância de se aprovar a reforma até o meio deste ano para gerar mais empregos e atrair mais investimentos, segundo ele.
"Acredito que a maior parte dos governadores que aqui vai comparecer, diante de uma boa apresentação, terá uma tendência bastante favorável à reforma da Previdência."
Navio com "casco furado"
Na chegada ao evento, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse que pela primeira vez se separa "previdência de assistência" e defendeu que a atual proposta tem olhar fraterno aos que mais precisam. Segundo ele, o governo está consertando um "navio com casco furado" para durar décadas, receber novas pessoas no sistema e fazer pagamentos em dia.
"Os governadores vão nos dar toda a condição de conseguir, junto com as bancadas federais de cada um dos estados, quer os deputados, quer os senadores, a vitória nos dois turnos da Câmara e nos dois turnos do Senado", declarou.
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