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Lucro da Petrobras encolhe 42% no 1º trimestre, para R$ 4,031 bilhões

Do UOL, em São Paulo

07/05/2019 19h55Atualizada em 07/05/2019 20h31

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 4,031 bilhões no primeiro trimestre, o que representa uma redução de 42% sobre o ganho de R$ 6,961 bilhões apurado no mesmo trimestre de 2018, mas um aumento de 92% em relação aos R$ 2,102 bilhões obtidos no quarto trimestre do ano passado.

A receita líquida somou R$ 79,999 bilhões, um aumento de 7,4% sobre o valor registrado no primeiro trimestre do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 27,487 bilhões, um aumento de 6,7% na comparação anual.

O endividamento bruto da companhia atingiu US$ 78,8 bilhões (R$ 307,1 bilhões) ao final de março, uma diminuição de US$ 23,6 bilhões (23%) em relação a março de 2018, quando a dívida somava US$ 102,4 bilhões.

A produção de petróleo atingiu 2,460 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed) no trimestre, 5% menor do que no mesmo período de 2018, devido a paradas para manutenção e atraso na entrada em operação de algumas plataformas, segundo a estatal.

Ajuste contábil afetou resultado

A Petrobras esclareceu que o resultado do primeiro trimestre sofreu impacto da adoção de uma nova regra contábil sobre o arrendamento de equipamentos (IFRS 16 - Leases).

Segundo a companhia, "o IFRS 16 eliminou a classificação entre arrendamentos mercantis financeiros e operacionais, passando a existir um único modelo no qual todos os arrendamentos mercantis resultam no reconhecimento de ativos referentes aos direitos de uso dos ativos arrendados e um passivo de arrendamento".

Sem esse ajuste, o lucro líquido da estatal seria de R$ 5,142 bilhões no primeiro trimestre, comparável ao lucro de R$ 5,400 bilhões no mesmo trimestre de 2018 e ao lucro de R$ 8,035 bilhões do quarto trimestre do ano passado.

Também devido ao ajuste contábil, a dívida líquida somou R$ 372,2 bilhões ao fim do primeiro trimestre, alta de R$ 103,4 bilhões em relação ao trimestre anterior.

Desconsiderando os efeitos da norma, que passou a ser adotada por todas as empresas abertas neste ano, o endividamento líquido seria de R$ 266,3 bilhões, pouco menor que os R$ 268,8 bilhões no último trimestre de 2018, informou a companhia.

(Com Reuters)

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