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Para promover reforma, governo fará 'merchan' na TV aberta -exceto na Globo

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/05/2019 13h45Atualizada em 08/05/2019 17h39

A campanha do governo para defender a reforma da Previdência terá ações de merchandising em programas da TV aberta. As iniciativas, que fazem parte do plano de mídia preparado pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), serão veiculadas em todas as grandes emissoras abertas de alcance nacional (SBT, Record, RedeTV! e Band), com exceção da Globo.

As ações de merchandising acontecem quando o próprio apresentador do programa explica como funciona o produto ou serviço que está sendo oferecido.

Segundo reportagem do jornal "Meio & Mensagem", já estão escalados para as ações os apresentadores Milton Neves e José Luiz Datena (Band), Luciana Gimenez (RedeTV), Ratinho (SBT), Rodrigo Faro, Ana Hickmann e Renata Alves (Record).

Ainda de acordo com o jornal, a Secom não incluiu a Globo nesta etapa da campanha por causa de regras da política comercial da emissora, que proibiriam a participação de seus apresentadores em merchandising de ações do governo.

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Campanha de R$ 40 milhões

A campanha pela reforma da Previdência foi criada pela agência Artplan. O governo investirá R$ 40 milhões na iniciativa --valor considerado dentro dos padrões para uma campanha deste porte, com alcance nacional.

Um dos filmes da campanha já está no ar desde março (veja abaixo). Os novos comerciais serão veiculados em rádio, televisão, jornais e internet, com o slogan "Nova Previdência, pode perguntar". Diferentemente das ações de merchandising, os comerciais vão aparecer também no intervalo de programas da Rede Globo.

PSOL tenta barrar merchandising

O PSOL afirmou que tentará proibir a veiculação da campanha porque a "iniciativa do governo fere o artigo 37 da Constituição Federal e outras legislações". Segundo o partido, "a ação será fundamentada no desvio de finalidade e abuso de autoridade". Além do veto da campanha, haverá o pedido da retirada da publicidade que já foi divulgada.

O PSOL afirmou que a decisão foi tomada justamente pela previsão das ações de merchandising nos programas de televisão. Para o partido, "o merchandising se caracteriza como propaganda subliminar que tenta induzir as pessoas a aceitar ou consumir algo por indicação de outra pessoa".

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