Eleição faz peso despencar e deixa Argentina mais barata para brasileiros
Ruim para a economia vizinha, a desvalorização do peso argentino é uma boa notícia para turistas brasileiros interessados em visitar o país. O resultado das eleições primárias na Argentina fez o peso despencar hoje. Em relação ao real, a queda do peso chegou a passar dos 25%.
Durante a tarde, casas de câmbio em São Paulo já vendiam pesos argentinos a R$ 0,109. Isso significa que com apenas R$ 1 era possível comprar 9,17 pesos. O câmbio argentino fica ainda mais interessante para turistas quando comparado a moedas como dólar ou euro, que chegaram a ser vendidos nas corretoras a R$ 4,41 e R$ 4,94, respectivamente.
Preços em Buenos Aires
A moeda brasileira tem ganhado poder de compra no país vizinho. Nos últimos 12 meses, o peso argentino desvalorizou 18% em relação ao real.
Veja a seguir quanto custariam alguns itens em Buenos Aires, seguindo o câmbio de R$ 0,109 por peso argentino:
- Cerveja popular (1 litro): R$ 7,63
- Bife ancho (700 gramas): R$ 23,96
- Refrigerante (lata de 220 ml): R$ 2,72
- Uma viagem de metrô: R$ 2,07
- Show de tango com jantar e traslado: R$ 240
Argentina é um dos destinos mais procurados
Segundo Sylvio Ferraz, diretor executivo da operadora de viagens CVC, a alta do dólar faz os brasileiros buscarem alternativas mais próximas para as férias, seja na América do Sul ou dentro do Brasil.
"Desde 2015, a argentina é o segundo destino internacional mais vendido pela operadora, tanto em número de embarques como de passageiros, perdendo apenas para Orlando, nos EUA", afirmou Ferraz.
Em Buenos Aires, os principais passeios buscados pelos brasileiros são Casa Rosada, Obelisco, Recoleta e Porto Madero. Casas de tango também fazem sucesso, assim como carnes e vinhos. Além da capital argentina, os brasileiros costumam visitar Bariloche, Mendoza, El Calafate e Ushuaia, segundo Ferraz.
Peso não deve valorizar tão cedo
O mercado financeiro não recebeu bem a vitória expressiva da chapa de oposição, formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, que superou por 15 pontos percentuais o atual presidente, Maurício Macri, defensor de uma política econômica liberal.
Para o diretor de Tesouraria do Travelex Bank, João Manuel Freitas, quem estiver planejando férias no país vizinho não corre grandes riscos de ver os preços subirem até a data da viagem. "Embora as eleições sejam em outubro, a economia [argentina] está muito fraca e não se recupera tão depressa."
Segundo ele, as próximas pesquisas eleitorais devem influenciar o câmbio argentino, mas o clima de insegurança no país deve manter o peso desvalorizado.
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