Veja as medidas anunciadas por Macri na Argentina após derrota em primárias
Após expressiva derrota para a oposição nas eleições primárias no último domingo, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tenta ganhar apoio da população com medidas que impactam diretamente o bolso dos argentinos. Na manhã de hoje, Macri anunciou o seguinte pacote:
- Congelamento do preço dos combustíveis por 90 dias;
- Aumento de 25% no salário mínimo (hoje o mínimo corresponde a R$ 902);
- Redução do imposto de renda para pessoas físicas de baixa renda;
- Dois pagamentos extras até as eleições de outubro para famílias pobres que recebem benefícios;
- Aumento de 40% no valor da bolsa estudantil "progresar" (progredir) e no programa "Asignación Universal Por Hijo", semelhante ao Bolsa-Família;
- Diminuição das obrigações das pequenas e médias empresas com o Fisco.
Em pronunciamento, Macri afirmou que respeita o recado vindo das urnas e que as medidas anunciadas têm o objetivo de trazer alívio às famílias de 17 milhões de trabalhadores argentinos.
"As medidas que tomei e que vou compartilhar com vocês agora são porque eu escutei vocês. Ouvi o que vocês queriam me dizer no domingo", afirmou.
Nas eleições de domingo, o presidente da Argentina recebeu 32% dos votos, enquanto o candidato de oposição, Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente peronista Cristina Kirchner, saiu vencedor, com 47%. O resultado surpreendeu porque nenhuma pesquisa eleitoral previu tamanha diferença em favor da chapa de esquerda.
A derrota do candidato que se diz mais liberal na economia não foi bem recebida pelo mercado. Na segunda-feira, o peso argentino chegou a perder 30% do valor em relação ao dólar.
Mesmo com o pacote anunciado hoje, a economia argentina continua em baixa. Pela manhã, o peso caía 12,3%, a 61 por dólar, marcando a terceira sessão consecutiva de grandes perdas.
Algumas das medidas anunciadas hoje, como o congelamento de preços, contradizem o discurso econômico liberal que elegeu, em 2015, o atual presidente. O conjunto de medidas terá um custo fiscal de 40 bilhões de pesos (US$ 678 milhões).
Os argentinos voltarão às urnas em 27 de outubro, com possibilidade de segundo turno em 24 de novembro.
(Com Reuters e Efe)
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