PIB: Economia brasileira cresce 0,4% no 2º trimestre e escapa da recessão
Afonso Ferreira
Do UOL, em São Paulo
29/08/2019 09h01Atualizada em 18/07/2022 14h23
Resumo da notícia
- Economia cresceu 0,4% no 2º trimestre, na comparação com o 1º trimestre
- Com isso, Brasil evitou entrar em recessão técnica (2 trimestres seguidos de queda)
- Na comparação com o 2º trimestre de 2018, o PIB subiu 1%
- Foi o décimo resultado positivo seguido nesse tipo de comparação
- Em valores atuais, o PIB no 2º trimestre totalizou R$ 1,78 trilhão
- O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de tudo o que é produzido no país
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre, na comparação com os primeiros três meses do ano. Com o resultado, o país evitou entrar em recessão técnica. No primeiro trimestre, o PIB encolheu 0,1%.
Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1%, no décimo resultado positivo seguido nesse tipo de comparação. Em valores atuais, o PIB no segundo trimestre totalizou R$ 1,78 trilhão. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
O desempenho da economia no segundo trimestre foi puxado, principalmente, pelos ganhos da indústria (0,7%) e dos serviços (0,3%). Já a agropecuária caiu 0,4%. O crescimento na indústria foi influenciado pela expansão das indústrias de transformação (2%) e construção (1,9%). As indústrias extrativas registraram recuo (-3,8%) no período.
Juntas, as indústrias de transformação e construção respondem por cerca de 70% do setor. Além disso, a indústria de transformação tem peso no segmento de bens de capital, que contribuem para os investimentos internos e externos.
Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais do IBGE
Nos serviços, os resultados positivos foram das atividades imobiliárias (0,7%), comércio (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e outras atividades (0,4%).
Economia continua patinando
Neste ano, segundo previsões do governo e do mercado, a economia deve crescer apenas 0,8%. O valor é bem inferior às projeções do começo do ano, quando Jair Bolsonaro chegou ao poder, de um crescimento de 2,5%.
Apesar do avanço da agenda de reformas e da queda na taxa básica de juros (Selic), a economia continua patinando e não há sinais de uma recuperação no médio prazo.
Saque do FGTS e do PIS pode ajudar
Diante da lentidão da recuperação econômica, medidas que acelerem o ritmo do PIB —e aliviem a situação de quase 13 milhões de desempregados— começam a ganhar espaço no debate. O próprio governo federal adotou uma delas ao anunciar, no mês passado, a liberação do saque de R$ 500 das contas do FGTS.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que espera "alguma aceleração" no ritmo de crescimento reforçada pela liberação de recursos do FGTS e de cotas do PIS/Pasep.
O que entra na conta do PIB?
O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país. Os dados consideram a metodologia atualizada do cálculo.
(Com agências de notícias)