Greve dos Correios completa uma semana; funcionários decidem hoje se voltam
Sindicatos dos Correios de todo o país farão assembleias até o final do dia para decidir se continuam em greve, que completa uma semana nesta terça-feira (17).
A orientação das duas federações que representam os trabalhadores é para a suspensão do movimento. Ainda assim, eles devem permanecer em estado de greve, que é um aviso sobre a possibilidade de que a paralisação seja retomada, segundo Saul Gomes, membro do comando de negociações da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares),
Caso isso seja aprovado nas assembleias, os trabalhadores parados devem retornar ao serviço já a partir das 22h de hoje, segundo a Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios).
A Fentect representa 31 sindicatos e a Findect, cinco.
Na sexta-feira (13), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) propôs a suspensão da greve até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para 2 de outubro.
Os Correios afirmam que aceitaram a proposta de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 e a vigência do plano de saúde até a data do julgamento do dissídio. Em contrapartida, os sindicatos deveriam levar a proposta de suspensão de paralisação das greves às assembleias desta terça-feira.
Sindicatos são contra privatização
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão reajuste salarial pela inflação e manutenção de benefícios, como ter os pais como dependentes no plano de saúde.
Findect e Sintect-SP também são contra a privatização dos Correios, pois consideram que a medida "joga no lixo" o atendimento aos cidadãos, a segurança nacional e a integração promovida pela empresa.
Os Correios afirmam que as reivindicações extrapolam a capacidade econômica da empresa, considerando o prejuízo acumulado da ordem de R$ 3 bilhões. "No momento, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável", afirmou a estatal, em nota no site oficial.
Depois de resultados negativos bilionários em 2015 e 2016, os Correios voltaram a lucrar em 2017 e 2018.
Consumidor pode cobrar se teve prejuízo
Se o cliente contratou algum serviço de envio de encomendas dos Correios, como Sedex, e teve algum prejuízo porque a mercadoria atrasou, pode pedir compensação por isso, de acordo com a Proteste. A entidade de direitos do consumidor também recomenda que o andamento da entrega seja acompanhado pelo site dos Correios.
O consumidor pode reclamar em entidades de defesa do consumidor, como o Procon de seu estado e a Proteste, ou entrar na Justiça, recorrendo ao Juizado Especial Cível para pedir indenização pelo prejuízo financeiro ou moral.
O consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e estes não forem prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça
Procon-SP
Se o consumidor comprou algum produto de uma empresa que faz a entrega pelos Correios, essa empresa é responsável por encontrar outra forma para que os produtos sejam entregues dentro do prazo, de acordo com o Procon-SP.
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