Alcolumbre adia votação da reforma da Previdência e surpreende governo
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), adiou de amanhã (24) para quarta-feira (25), o início do primeiro turno de votação da reforma da Previdência. A decisão de Alcolumbre surpreendeu a Casa Civil e o Ministério da Economia, que não foram comunicados com antecedência e esperavam que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 6 de 2019 fosse votada na tarde de amanhã.
Pelo Twitter, Alcolumbre anunciou que realizará às 15h de amanhã sessão do Congresso Nacional para votar o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias). Ele também declarou que a sessão do Senado que iniciará o primeiro turno de votação da reforma da Previdência ocorrerá a partir das 16h de quarta.
Técnicos do governo se disseram surpreendidos com a decisão do presidente do Senado. Segundo dois técnicos ouvidos reservadamente pelo UOL o calendário original previa que a reforma da Previdência seria votada amanhã.
"Fomos pegos de calça curta. Não sabemos o que motivou esse adiamento. Estava tudo combinado para que a reforma fosse votada em plenário no dia 24 de setembro", disse um dos técnicos do governo.
A decisão de Alcolumbre, entretanto, não adiará a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A presidente da comissão, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou ao UOL que manterá a votação do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para amanhã, às 10h.
"Votaremos o relatório da Previdência amanhã de manhã, na quarta de manhã faremos a sabatina do procurador Augusto Aras e à tarde votaremos a reforma da Previdência em plenário", disse.
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