Turismo do Nordeste teme que óleo nas praias arruíne temporada de verão
Resumo da notícia
- Por ser baixa temporada, o impacto no turismo ainda é pequeno
- Mas hotéis e associações temem redução de visitantes na alta temporada
- Associação de agências de viagens diz que risco é o problema se arrastar até dezembro
- Agências de viagens podem oferecer pacotes para outros lugares se isso acontecer
O vazamento de óleo em praias do Nordeste vai afetar o turismo na região? Por ser baixa temporada, o impacto ainda é pequeno, mas hotéis e associações temem efeitos na alta temporada, entre dezembro e o Carnaval. Caso o problema persista, a redução de visitantes é dada como certa.
A lista de locais já atingidos inclui destinos consagrados como as praias de Pipa (RN), Porto de Galinhas (PE) ou o Parque dos Lençóis Maranhenses (MA), além das oito capitais costeiras da região. Todos sofreram, pelo menos em um momento desde setembro, com aparecimento de óleo. Os estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia ainda registram incidência de manchas.
Preocupação com o verão
Segundo a presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Magda Nassar, o impacto nas vendas ainda é pequeno porque a região está no período de baixa temporada.
"A gente não tem sentido grandes cancelamentos ou mudanças. Acho que tem de se preocupar com o futuro, para que isso se resolva rápido. Temos o verão pela frente", disse.
Magda diz que tem mantido contato diário com seus associados, que relatam poucos efeitos nos negócios por enquanto. A limpeza está sendo feita rapidamente. Entretanto, ela afirma que o risco é o problema se arrastar até dezembro.
"Se não for resolvido, se isso se espalhar, se expandir, o Nordeste vai sofrer as consequências. As agências de viagens vão oferecer outros pacotes. Temos muitos destinos de praia, como o Caribe. No Brasil, também há outras praias. Mas claro que a gente não quer o Nordeste comprometido. Estamos falando das férias de verão, e o Nordeste é um destino de desejo do brasileiro. É importante que o governo tome para si e resolva esse problema até novembro", afirmou.
Estados minimizam efeitos
Na Bahia, a Secretaria de Turismo não deu detalhes sobre redução de turistas, mas informou que "o Governo do Estado está empenhado em ações que visam à proteção ao meio ambiente, assim como minimizar o impacto para baianos e turistas que frequentam o litoral, movimentando o turismo no estado."
Em Sergipe, o secretário de Estado da Comunicação Social e do Turismo, José Sales Neto, declarou que não há registro de queda de movimento na hotelaria.
"Os trabalhos de limpeza das praias têm sido muito eficientes, e a maior faixa litorânea não foi tocada pelo óleo. Onde foi, está sendo feita a limpeza no mais curto período possível", disse.
A Secretaria de Turismo de Alagoas disse que são poucos os impactos registrados até o momento. "A partir do relatório de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL), constatamos que Alagoas, apesar de estar entre os estados atingidos, permanece com quase 100% de suas praias próprias para banho. No diálogo junto às prefeituras municipais, identificamos que o impacto na atividade turística ocorre, até o presente momento, de maneira mínima", alegou.
No caso de Pernambuco, a Secretaria de Lazer e Turismo disse que o turismo funciona normalmente. "O setor de Recife, Porto de Galinhas, São José da Coroa Grande e Tamandaré não chegou a sentir impacto negativo e opera normalmente. Resorts e pousadas, além das agências de turismo do estado, seguem em ritmo de alta temporada", informou.
"Estamos comprometidos em divulgar notícias e imagens diariamente em nossas redes sociais para não deixar que as famílias percam suas tão sonhadas férias", declarou o presidente do Porto de Galinhas Convention Bureau, Eduardo Tiburtius.
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