'Black Fraude': veja dez pegadinhas comuns na Black Friday e fuja delas
Resumo da notícia
- Black Friday acontecerá na próxima sexta-feira (29)
- Para não cair em armadilhas, especialistas recomendam cuidados como monitorar os preços para não ser atraído por falsos descontos
- Também vale ficar atento ao preço que sobe na hora de finalizar a compra e ao frete, que chega a ser mais caro que o próprio produto, dentre outros
Empolgado para fazer suas compras na Black Friday? Ela está marcada para a próxima sexta-feira, 29 de novembro. É uma data cheia de ofertas para quem quer aproveitar uma pechincha, mas é preciso tomar cuidado para não cair nas armadilhas da "Black Fraude".
O UOL ouviu os especialistas Ricardo Bove, diretor do site www.blackfriday.com.br e idealizador da Black Friday no Brasil; Marco Antonio Araújo Junior, advogado especialista em direito do consumidor e diretor do Brasilcon (Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor); Marco Quintarelli, consultor de varejo; e Luciana Búlgaro, especialista em defesa do consumidor do Procon-SP. Eles listaram as principais pegadinhas a serem evitadas, além de dar dicas para fazer boas compras, sem fazer um rombo no seu orçamento. Veja abaixo.
1. Falsos descontos
Sempre há denúncias e desconfiança de que algumas lojas dão falsos descontos: elas sobem o preço um pouco antes da Black Friday e, no dia, voltam ao preço normal, anunciando como se fosse uma grande oferta. A dica é pesquisar e monitorar diariamente o preço do produto que você deseja. Existem sites que mostram o histórico de preço e fazem comparações entre diferentes lojas, como Zoom, Já Cotei e Buscapé.
O consumidor deve guardar as propagandas das promoções, como prints de tela e folhetos.
2. Preço maior que o anunciado
O que fazer quando você realiza uma compra online e, na hora de finalizá-la, percebe que o valor do produto é diferente do anunciado? O que vale é sempre o preço menor. Em compras feitas online, o Procon-SP orienta que, após escolher o produto ou serviço, verifique se o preço será alterado no carrinho virtual.
3. Preço baixo, mas frete caro
Empresas podem anunciar o produto com um valor muito atrativo, mas, quando o consumidor vai olhar o frete, espanta-se com o valor —dependendo do caso, pode ser mais caro que a própria mercadoria. Pesquise o valor final de sua compra em diversas lojas. É possível achar fretes mais baratos, o que pode compensar mesmo que o produto esteja um pouco mais caro.
4. Descontos incríveis, mas em sites falsos
Há sites desconhecidos e outros que imitam os originais de grandes lojas. São usados tanto para vender produtos falsos quanto para coletar dados (inclusive de cartão de crédito) das pessoas. Desconfie sempre de preços muito baixos em relação à concorrência. Descontos acima de 40% são arriscados. Evite sites desconhecidos, com nomes estrangeiros e que somente divulgam em redes sociais.
O Procon-SP orienta o consumidor a evitar clicar em links e ofertas recebidas por email ou redes sociais, fazendo sempre a consulta direto na página oficial da loja, de preferência digitando o endereço do site. Existe uma lista de sites não recomendados pelo Procon.
Alguns antivírus podem ajudar, mas nem sempre. Um site seguro deve conter um cadeado no canto superior esquerdo da página, ao lado do endereço do site, e mostrar as formas de contato (telefone, email e endereço) da empresa.
5. Produto entregue diferente do comprado
Ao comprar pela internet, procure ler as informações detalhadas sobre o produto. As fotos podem enganar. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, em compras feitas fora do estabelecimento, o consumidor tem sete dias para se arrepender, cancelar a compra, devolver o produto e pedir o dinheiro de volta. O valor do frete também deve ser reembolsado. Uma das dicas do Procon-SP é informar-se antecipadamente sobre a política de troca da empresa.
6. Cuidado com seus dados
Não insira seus dados em sites suspeitos ou desconhecidos, e desconfie de ligações que peçam para digitar seus dados. Prefira pagar com cartão de crédito, mais seguro que o boleto. Se boleto for a sua única opção, verifique antes a reputação da loja na internet e cheque os dados impressos no boleto. Fuja de sites que só aceitam boleto ou transferência como meio de pagamento.
7. Tem, mas acabou
A procura nas lojas virtuais é muito mais alta na Black Friday do que em um dia normal, e a maioria das ofertas tem estoque limitado. O produto pode acabar enquanto você preenche dados de cadastro e compra. Atualize antecipadamente seus dados cadastrais e de pagamento em seus sites favoritos. Com isso, pode poupar tempo no dia, evitando perder alguma oferta. Sempre que chegar ao último passo, confira todos os dados de sua compra.
8. Comprar já endividado
Não faça dívidas desnecessárias se você já está endividado. "Não dá para fazer compras enquanto o nome está sujo e as contas não estão pagas", declarou o advogado Araújo Junior. A sugestão do Procon-SP é estipular um limite de gasto, evitando gastar mais do que o previsto e comprometer o orçamento.
9. Comprar por impulso
Os anúncios induzem ao consumo mesmo sem precisar do produto. A dica é fazer uma lista de desejos e pesquisar o preço desses produtos. 97% dos clientes da Black Friday pesquisam preços antes, mas, ainda assim, 51% também aproveitam alguma oferta não planejada. Não deixe de conferir se o desconto é real.
10. Presentes de Natal chegam após a data
Devido ao grande volume de vendas na Black Friday, pode haver atraso nas entregas. Compre produtos de que não precise para uso imediato. Para o Procon-SP, é importante verificar o prazo de entrega antes de finalizar a compra.
O advogado Araújo Junior afirmou que o fornecedor é obrigado a cumprir o prazo. Se não cumprir, o consumidor tem direito a três opções, conforme o artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor:
- Exigir o cumprimento forçado da entrega
- Aceitar outro produto equivalente (quando a entrega não ocorre por falta de estoque daquele produto, por exemplo)
- Receber a devolução dos valores pagos integralmente, inclusive o frete
Guarde documentos que comprovem a data de entrega prometida pelo fornecedor, como emails e prints da tela.
Reclamações
Se precisar fazer denúncias de oferta enganosa ou outro tipo de problema, o consumidor pode usar canais de atendimento do Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) de seu estado (veja aqui os contatos dos Procons).
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