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Shoppings não funcionam em vários pontos de São Paulo por causa das chuvas

Joao José Oliveira

do UOL, em São Paulo

10/02/2020 18h37

Resumo da notícia

  • Alagamento e queda de energia elétrica afetam funcionamento de centros comerciais
  • Associação de lojistas diz que vai pedir desconto em aluguéis para compensar perda de vendas
  • Federação do comércio estima em R$ 110 milhões perdas de lojistas em geral, não só de shoppings

Shopping centers em diferentes pontos da capital paulista não funcionaram nesta segunda-feira por causa dos transtornos provocados pelas chuvas que atingem São Paulo. No fim da tarde, a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) ainda estava fechando a lista dos centros comerciais que tiveram a atividade afetada, mas confirmava a interrupção de operações em pelo menos quatro empreendimentos.

Dois dos shoppings mais afetados estavam nas marginais dos rios que cortam a cidade e transbordaram, impedindo o acesso de consumidores, funcionários e fornecedores: o Center Norte, na zona norte, na Margina Tietê; e o Villa Lobos, na Marginal Pinheiros, na zona oeste da cidade.

Outros dois foram afetados por queda de energia elétrica. O Pátio Higienópolis, no bairro de mesmo nome, na região central da capital, e o West Plaza, entre a região central e Zona Oeste da capital, decidiram interromper a operação por medida de segurança com a falta de eletricidade.

"Não estimamos as perdas, mas posso dizer que foram vários milhões de reais porque muitas vendas perdidas hoje não serão recuperadas", disse o presidente da Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites), Tito Bessa.

Desconto no aluguel

Segundo ele, os associados, que representam cerca de 80 marcas de varejo e serviços, vão tentar negociar com os administradores dos shoppings algum desconto nos aluguéis. "A gente sabe que não é culpa deles, mas é preciso buscar formas de amenizar as perdas com os lojistas", disse Bessa.

Também a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings) disse que os lojistas de shoppings registraram queda na circulação de pessoas pelas limitações de mobilidade na capital. "Alguns estabelecimentos tiveram interrupção pontual de energia elétrica além de algumas lojas que sofreram com a perda de mercadorias. Também houve falta de abastecimento de produtos alimentícios de entrega diária, entre outros transtornos pontuais", disse a entidade.

A associação dos shopping centers respondeu que os centros comerciais ainda estão adotando medidas de prevenção contra eventuais problemas causados pelas chuvas. "A entidade reforça que continuará acompanhando esse assunto ao longo dos próximos dias para entender os impactos causados nas operações", disse em nota a Abrasce.

Prejuízo de R$ 110 milhões

A FecomercioSP estimou um prejuízo de R$ 110 milhões ao comércio da região metropolitana de São Paulo com as chuvas. "O cálculo foi feito com os setores sensíveis a compra por impulso, como supermercados, farmácias, vestuário e o grupo denominado outras atividades -que engloba artigos esportivos, livros e revistas. As compras programadas, como um eletrodoméstico ou um carro serão feitas, porém postergadas", afirmou a entidade.

O valor estimado representa 11% de tudo o que o varejo das quatro regiões vende, em média, por dia no mês de fevereiro, ou 0,4% das vendas de um mês.

Em relação ao horário de funcionamento dos shoppings para essa terça-feira (11), os estabelecimentos preveem que terão expediente normal, das 10h às 22h, mas é preciso ver o que vai acontecer no dia. "Aqueles que sofreram com maiores danos estruturais poderão alterar o horário de funcionamento. Não houve registro de nenhum incidente grave nos estabelecimentos comerciais devido às chuvas", disse a Alshop.

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