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Governo gastou 23% dos R$ 253 bilhões destinados a combater o coronavírus

Profissionais de saúde homenageiam a enfermeira Maria dos Santos, vítima da covid-19, em frente a hospital de São Paulo - Amanda Perobelli/Reuters
Profissionais de saúde homenageiam a enfermeira Maria dos Santos, vítima da covid-19, em frente a hospital de São Paulo Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/04/2020 16h44Atualizada em 28/04/2020 18h12

O governo federal gastou pouco mais de 23% dos R$ 253 bilhões liberados para o combate ao novo coronavírus. Até hoje, segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, as despesas da União com a pandemia somaram R$ 58,6 bilhões.

O Ministério da Cidadania, que coordena a distribuição do auxílio emergencial de R$ 600, é responsável pela maior parte desses gastos: R$ 34,7 bilhões. Os ministérios da Economia e da Saúde vêm logo atrás, com R$ 18 bilhões e R$ 5,4 bilhões, respectivamente.

Entre as ações que exigiram maior investimento está justamente o pagamento do auxílio emergencial, que já custou R$ 34,6 bilhões aos cofres públicos. Outros R$ 17 bilhões foram utilizados para o financiamento da folha salarial de empresas.

As informações constam no portal Tesouro Nacional Transparente, que monitora os gastos da União com a epidemia de covid-19 no país. Os números são atualizados diariamente e qualquer pessoa pode acessá-los.

O portal Siga Brasil, mantido pelo Senado, também traz um levantamento sobre essas despesas na página destinada ao cidadão, mas com um pequeno atraso nos dados.

Origem dos recursos

A maior parte do dinheiro é oriunda de créditos extraordinários criados por meio de 15 medidas provisórias (MPs) em tramitação no Congresso. Durante a pandemia, conforme decidido por deputados e senadores, esse tipo de MP deve seguir rito sumário, que torna mais ágil sua execução.

Além disso, por determinação do presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), o Senado não votará nenhuma das MPs de créditos extraordinários voltadas ao combate à covid-19. Segundo Alcolumbre, a execução dessas despesas independe da aprovação dos parlamentares.

*Com Agência Câmara de Notícias