Bolsonaro diz que fechar economia foi 'desgraça' e quer volta de shoppings
Jair Bolsonaro (sem partido) fez votos para que a economia "volte a funcionar" a partir dos próximos dias. A declaração ocorre mesmo com a curva de contágio do novo coronavírus subindo em alguns estados. Hoje, São Paulo registrou recorde de novos casos confirmados.
"Eu espero que a economia volte a funcionar. Eu venho dizendo há 70 dias que temos dois problemas: a vida e o vírus, tá certo, e a questão do desemprego. Estou vendo que alguns estados estão abrindo shoppings com restrição. Teve gente que perdeu material que embolorou", lamentou, antes de acrescentar:
"Terrível a desgraça que fizeram dessa forma de 'fecha tudo'. Eu sempre defendi, mas não cabia a mim o isolamento vertical. As pessoas mais idosas, deixa em casa. A minha mãe está preservada, peço a Deus que nada aconteça com ela. Os mais jovens tinham que voltar a trabalhar, tinham que continuar trabalhando", completou o presidente.
As declarações foram feitas na tradicional live que Bolsonaro realiza às quintas-feiras no Facebook. Hoje, o presidente estava acompanhado por Pedro Guimarães, presidente da Caixa, e Jorge Seif Júnior, secretário de Pesca.
"O STF decidiu que quem fecha ou não comércio são estados e municípios. Eu gostaria de participar disso, ou então que o município decidisse. Em alguns locais, ficam governadores brigando com prefeitos. Essa abertura está tardia, eu sempre defendi algo diferente do [isolamento] horizontal porque a maioria da população não tem como sobreviver. A própria OMS [Organização Mundial da Saúde] disse que cada país tem sua especificidade", afirmou.
"Há 20 dias eu vi uma pessoa de sindicato que disse que o prejuízo estimado para o setor de shoppings era de R$ 20 bilhões. E a segunda onda tinha recessão, desemprego... A fome também mata, o desespero, o confinamento, brigas familiares, divórcios, abusos. Quero que os prefeitos aí ajam de forma racional", avisou o presidente.
Em seguida, Bolsonaro ironizou a situação do Rio de Janeiro e cutucou o governador Wilson Witzel (PSC).
"No Rio de Janeiro caiu assustadoramente o número de óbitos de 'corona' depois que a Polícia Federal passou por lá. Acho que a PF mata vírus", disse, referindo-se à operação Placebo, que investiga indícios de desvios de recursos no estado.
Um dos alvos da operação foi o governador do Rio de Janeiro, cuja residência oficial e outros endereços ligados a ele receberam agentes da Polícia Federal em mandados de busca e apreensão. Witzel reagiu dizendo que a suposta "interferência" de Bolsonaro na PF já está oficializada.
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