Bolsonaro exalta parceria com Trump e diz: entrar na OCDE é firme propósito
O presidente Jair Bolsonaro discursou hoje na abertura do "US Brazil Connect Summit", evento realizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, e frisou que a entrada no país na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] é um "firme propósito" do governo brasileiro. "(...) Para o qual temos muito nos empenhado, tanto em nível técnico quanto o político", destacou o governante.
Conhecida como o grupo dos países desenvolvidos, a OCDE tem como principal missão incentivar o progresso econômico e o comércio mundial. Atualmente, a instituição conta com 37 países-membros.
"Contamos com o fundamental apoio do governo dos Estados Unidos nesse processo, que será determinante para que se chegue a um rápido e favorável encaminhamento. O ingresso do Brasil na OCDE irá gerar efeitos positivos para atração de investimentos nacionais e internacionais. E será mais uma evidência da nossa disposição de assumir compromissos e responsabilidades compatíveis com a importância do nosso país no sistema internacional."
O Brasil vem tentando o ingresso na OCDE desde 2017, quando oficializou o pedido. Na avaliação do governo Bolsonaro, dos países que também querem uma vaga no grupo, o Brasil é o que atende ao maior número de requisitos. Em julho, foram aprovados seis instrumentos legais, todos na área de ciência e tecnologia.
Com isso, o país já cumpriu, até o momento, 90 dos 252 instrumentos exigidos para atingir o objetivo. Ou seja, 35% do total dos requisitos, de acordo com informações divulgadas pela Casa Civil.
Bolsonaro também voltou a exaltar hoje a parceria com o presidente americano Donald Trump, mas não fez qualquer menção ao processo eleitoral nos Estados Unidos. As pesquisas mostram que Trump está em desvantagem quanto às intenções de voto na disputa com o democrata Joe Biden. Os americanos vão escolher o novo mandatário em 3 de novembro.
Segundo o governante brasileiro, a parceria com Trump elevou as relações entre os dois países ao seu "melhor momento". "O balanço dessa relação é bastante concreto e positivo."
Na semana passada, relatório da Câmara Americana de Comércio mostrou que as transações bilaterais até o mês de setembro haviam registrado em 2020 a pior queda dos últimos 11 anos. O valor das trocas comerciais entre janeiro e setembro de 2020 (ano em que a economia mundial foi impactada pela pandemia do coronavírus) foi de US$ 33,4 bilhões, uma redução de 25,1% em relação ao mesmo período de 2019.
Futuros acordos
Bolsonaro disse ainda esperar para o futuro um "arrojado" e "abrangente" acordo comercial e tributário com os Estados Unidos, além de uma "ousada parceria" com o governo norte-americano.
"Para o futuro vislumbramos um arrojado acordo tributário, um abrangente acordo comercial e uma ousada parceria entre nossos países para redesenhar as cadeias globais de produção", disse o presidente em vídeo gravado na abertura da "US Brazil Connect Summit".
Bolsonaro também comemorou a conclusão dos acordos de facilitação de comércio, boas práticas regulatórias e anticorrupção, que deve ser assinado ainda nesta segunda.
* (Com Reuters)
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