Funcionários tatuam meta de vendas da empresa no braço e na perna
Um grupo de seis funcionários de uma rede de franquia de serviços estéticos tatuou no braço ou na perna o número 300 —a meta de novas unidades da empresa a serem abertas no país.
Um dos empregados é o supervisor financeiro Handerley Garcez, 25, que trabalha na Mais Top Estética, de Cruzeiro (SP), desde janeiro. É sua quarta tatuagem, e ele diz que não teme se arrepender.
Se eu vier a sair futuramente, vou ter com muito carinho isso no meu braço, com muito orgulho de ter participado dessa empresa, de ter conseguido erguer uma parte dela, de fazer parte dessa história. Isso para mim é um prazer.
Handerley Garcez
Funcionários assinaram termo de responsabilidade
Caio Rodrigues, CEO da empresa, diz que a ideia partiu dos próprios funcionários durante uma comemoração pela marca de cem unidades vendidas. Ele garante que foi contrário à ideia e que tentou convencer o grupo a desistir.
"A gente não achou que o pessoal realmente fosse fazer. Tanto que na hora que eles falaram (que iriam fazer) nem dei muito valor", disse.
Quando percebemos que o pessoal realmente ia fazer, convocamos uma reunião. Tentamos causar a desistência. Falei que, se eu demitisse alguém, como isso ficaria? Mas aí o pessoal insistiu em fazer, e eu pedi para assinarem um documento de autorresponsabilidade, deixando claro que a gente não estava incentivando aquilo.
Caio Rodrigues
Os esforços da direção não surtiram efeito, e o grupo decidiu levar o conceito de "vestir a camisa da empresa" além.
Segundo Rodrigues, as tatuagens não tiveram muita repercussão dentro da empresa, nem geraram atritos entre os que fizeram e os que não fizeram.
Não gerou absolutamente nada. Quem fez, fez porque quis fazer. Quem não fez, em momento nenhum se posicionou de uma forma negativa, colocou alguma oposição ou se comportou de uma forma diferente.
Caio Rodrigues
"Internet achou que era opressão, mas não foi nada disso"
Após publicar as fotos das tatuagens em uma rede social, Rodrigues viu a ação de seus funcionários receber críticas.
Ele afirma que tomou um susto com a repercussão, em um primeiro momento, e que reuniu a equipe para saber se isso iria afetá-los negativamente, o que não aconteceu, segundo ele.
As pessoas [na internet] estavam achando que era um negócio de opressão, de obrigar a fazer, de lavagem cerebral, e não foi nada disso. A verdade é que foi num tom muito motivacional. Partiu deles a ideia de fazer. A gente conversou, a gente alinhou. Eu não posso proibir as pessoas de fazer o que quiserem com o corpo delas.
Caio Rodrigues
Garcez afirma que leu os comentários negativas nas redes, mas não se abalou.
Quem não vive isso aqui não sabe. Eu não posso cobrar entendimento de uma pessoa que não está no mesmo patamar que a gente e que não está na mesma linha de raciocínio que a gente.
Handerley Garcez
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.