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Eliana Cassandre, da Itaipava: Consumidor tem exigido novas experiências

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/11/2020 04h01

Com mais de 27 mil rótulos de cerveja no Brasil, como as marcas tradicionais conseguem atingir o "novo" paladar do consumidor? Eliana Cassandre, head de marketing do Grupo Petrópolis, é a entrevistada do podcast Mídia e Marketing publicado nesta semana.

A executiva responsável pelo marketing de 14 marcas, lideradas pela cerveja Itaipava, comenta o lançamento recente de cervejas especiais da empresa, como as marcas Petra Origem e Cacildis. Eliana também fala do salto que o e-commerce teve com a pandemia causada pelo coronavírus.

"Precisamos entender a mudança no paladar do consumidor, que exigiu novas experiências. Marcas que só tinham segmento de mainstream foram para o puro malte, por exemplo. O momento é de oferecer maior valor agregado nos produtos", diz Eliana (no arquivo acima, este trecho está a partir de 2:30).

Como ficaram as vendas das cervejarias com grande parte de bares e restaurantes fechados, devido à pandemia? Qual foi a importância da transformação digital da empresa, que viu seu e-commerce crescer exponencialmente em 2020?

"Bares e restaurantes representam 40% do mercado cervejeiro. No primeiro mês da pandemia, ficamos em 50% da meta de vendas. Isso vem sendo recuperado, mas temos fincado o pé em trabalho de vendas", afirma (a partir de 5:56).

O e-commerce própria da empresa, o "Bom de beer", também foi destaque durante a quarentena causada pela crise do coronavírus. "Tivemos mais de 2 milhões de novos consumidores pelo e-commerce este ano. Ele junta marketing, vendas e tecnologia, e isso é uma delícia", diz (a partir de 8:33).

"A gente tem aprendido que há uma busca muito grande pelo frete grátis no e-commerce. Isso é o que tem equilibrado as vendas entre o e-commerce e o mercado físico", diz (a partir de 11:54).

Com um pouco mais de 10 anos no Grupo Petrópolis, Eliana ainda reforça os pontos de ser uma das mais importantes líderes femininas do mercado cervejeiro nacional.

"Trabalhamos num mercado movido pelo gosto do consumidor. A sensibilidade da mulher traz muito para o mercado cervejeiro. Tive que aprender a dançar conforme a música para lidar com o comercial, com o industrial, mas a força que nós temos é no detalhe que conseguimos enxergar", diz (a partir de 18:51).