Presidente da UNE fala sobre ataques nesta sexta (22)

Primeira mulher negra e do Norte do país na presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz (26) virou alvo de ataques após revelar seu apoio a uma frente ampla pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Brelaz também mencionou a necessidade de discutir a rede de ódio que existe na esquerda em entrevista à Folha de S.Paulo.

Além dos ataques, Bruna recebeu ameaças, xingamentos racistas e machistas por essa opção política. No UOL Entrevista desta sexta-feira (22), às 10 da manhã, ela contará por que decidiu abrir esse diálogo com personagens da política como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o MBL (Movimento Brasil Livre). A transmissão é ao vivo no Youtube, na home do UOL, no Facebook e no Twitter.

A apresentadora do UOL Fabíola Cidral conduzirá a entrevista com os colunistas Kennedy Alencar e Leonardo Sakamoto.

Bruna está na UNE desde 2019, mas já tem um histórico no movimento estudantil. Natural do estado do Amazonas, morou por grande parte da vida na periferia da capital Manaus. Filha de uma família de seis irmãos, conheceu o movimento estudantil ainda no ensino médio durante as manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público em 2011.

Na mesma época conheceu a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), o que considera um divisor de água em sua vida e contribuiu com seu ativismo político pela educação. Brelaz filiou-se à União da Juventude Socialista (UJS).

Foi o contato com o movimento estudantil que transformou o ingresso em uma universidade em um objetivo de vida na experiência da estudante, que foi diretora do Diretório Central dos Estudantes na universidade em Manaus e, entre 2015 e 2017, enquanto estudava pedagogia na Universidade do Estado do Amazonas.

Com essa experiência ela chegou à UNE em 2019 e se mudou para São Paulo, onde cursa Direito na Fadisp - Faculdade Autônoma de Direito.