Monark: Marca de bicicleta nega relação com podcaster envolvido em polêmica
A marca de bicicletas Monark divulgou ontem uma nota em que nega qualquer relação com o podcaster Bruno Aiub, de 31 anos, conhecido como Monark nas redes sociais.
No início da semana, o influencer se envolveu em uma polêmica relacionada ao nazismo e foi demitido do Flow Podcast. No episódio de segunda-feira (7), ele defendeu a existência de um partido nazista reconhecido por lei, durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).
Em nota divulgada no site oficial, a marca brasileira de bicicletas diz que repudia "veementemente qualquer manifestação de racismo ou conduta que possa prejudicar qualquer pessoa ou grupo social."
Ainda segundo a Monark, o apresentador usa o apelido sem nenhum tipo de vínculo ou autorização da empresa.
Com a polêmica, usuários do Twitter resgataram a coincidência dos nomes e disseram preferir marcas concorrentes à Monark, em tom de ironia.
A empresa de bicicletas não é a primeira a tentar se distanciar do youtuber. Após as declarações, companhias vinculadas ao Flow Podcast como Ragazzo - do Grupo Habib's -, Mondelez Brasil, Puma, iFood, Flash Benefícios e Insider também usaram as redes sociais para descolar sua imagem do programa de áudio.
MP e PGR abrem inquérito contra youtuber
O Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria-Geral da República (PGR) instauraram inquérito contra o youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, e o Flow Podcast por suposta apologia ao nazismo.
Durante o programa ao vivo nas redes sociais, o apresentador defendeu a criação de um "partido nazista reconhecido pela lei" e disse que "se um cara quiser ser antijudeu, ele tem o direito de ser".
No documento do MP, os promotores dizem que a conduta de Monark e do Flow serão investigadas para determinar se houve divulgação de pensamento antissemita e a possível existência de dano moral coletivo, difuso ou social.
O Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, também pede que o YouTube retire do ar o vídeo sobre nazismo, bem como encaminhe a relação de todos os comentários feitos durante a transmissão ao vivo. Mais de 400 mil pessoas assistiram ao programa. Segundo o MP, o conteúdo nazista e antissemita "é inquestionável".
Houve expressa defesa da criação de um partido nazista, como se este partido fosse decorrência do direito à liberdade de expressão. Não é. A criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e outras minorias. Trecho do documento do Ministério Público de São Paulo
(*Com informações de Estadão Conteúdo)
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