Adicional de R$ 200 no Auxílio Brasil será pago entre agosto e dezembro
Uma portaria publicada hoje no DOU (Diário Oficial da União) regulamenta o valor adicional de R$ 200 para o Auxílio Brasil, elevando o pagamento mínimo do benefício de R$ 400 para R$ 600. O texto foi publicado após o Congresso Nacional aprovar a PEC dos Auxílios, que aumenta valores de programas sociais e cria benefícios para caminhoneiros e taxistas em ano eleitoral.
Além do Auxílio Brasil, o texto também cita o pagamento do auxílio-gás, mas não traz nenhuma informação sobre o auxílio caminhoneiro e taxista.
Auxílio Brasil
Segundo a portaria, o novo valor do Auxílio Brasil, de R$ 600, será pago entre agosto e dezembro de 2022 seguindo o calendário já divulgado e usando os mesmos meios de pagamento — veja aqui as datas.
A publicação diz que o acréscimo de R$ 200 não será levado em conta para cálculo no caso de pagamento de parcelas retroativas.
O custo para o governo Jair Bolsonaro (PL) aumentar o valor do benefício até o fim do ano e zerar a fila, considerando o número de 1,6 milhão de famílias, é de R$ 26 bilhões.
Entidades de fora do governo, entretanto, estimam uma fila maior. A CNM (Confederação Nacional de Municípios) afirma que há 2,8 milhões de famílias na fila de espera do Auxílio Brasil. A fila se refere a famílias que preenchem os requisitos e estavam cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único), mas não foram incluídas no programa.
Vale-gás
A portaria também cita o pagamento do vale-gás, benefício previsto na PEC dos Auxílios. Agora, as famílias vão receber o valor total da média nacional do botijão de 13 kg de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Antes, elas recebiam metade.
Segundo a portaria, o adicional será pago nos meses de agosto, outubro e dezembro — veja aqui as datas.
Os pagamentos do vale-gás são feitos sempre nos meses pares, nas mesmas datas das parcelas do Auxílio Brasil.
R$ 600 do Auxílio Brasil valem menos do que R$ 600 do Emergencial
O Auxílio Brasil de R$ 600 já nasce valendo menos do que o auxílio emergencial de R$ 600, pago em cinco parcelas entre abril e agosto de 2020, por causa da pandemia.
Com a inflação, o brasileiro perdeu poder de compra em dois anos. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação do país medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), teve alta de 20,7% de abril de 2020 até junho deste ano.
Ao corrigir os R$ 600 com a inflação do período, o cálculo mostra que seriam necessários R$ 725 para comprar as mesmas coisas que eram compradas com os R$ 600 há dois anos. Na prática, o brasileiro perdeu R$ 125 de poder de compra.
Os cálculos são do economista e planejador financeiro pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), Bruno Mori.
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