Greve de pilotos e comissários chega ao 3° dia; veja aeroportos afetados
A greve dos pilotos e comissários de bordo entrou no terceiro dia nesta quarta-feira (21). As paralisações ocorrem todos os dias, das 6h às 8h, em nove dos principais aeroportos do Brasil.
Pela manhã, segundo a Infraero, foram registrados:
- 9 atrasos e 12 cancelamentos de voos no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo
- 14 atrasos e 19 cancelamentos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
A Infraero orienta aos passageiros que entrem em contato com as empresas aéreas, uma vez que nem todos os atrasos e cancelamentos têm relação com a greve.
Outros aeroportos
Além dos dois aeroportos administrados pela Infraero, também foram afetados:
- GRU Airport - Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos: 4 atrasos
- RIOgaleão - Aeroporto Internacional Tom Jobim: 4 atrasos
- Fortaleza Airport - Aeroporto Internacional de Fortaleza: 2 atrasos
- Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP): 2 atrasos e 1 cancelamento
- Aeroporto Internacional Sagado Filho, em Porto Alegre: 1 atraso e 2 cancelamentos
- Aeroporto Internacional de Brasília: 1 atraso
O que motivou a greve?
O movimento de pilotos e comissários quer recomposição das perdas inflacionárias e ganho real dos salários, "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas", segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).
Outra reivindicação da categoria é que os horários de descanso de pilotos e comissários sejam respeitados pelas companhias aéreas.
Por determinação do TST (Tribunal Superior do Trabalho), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas.
Negociações não avançam
O SNA diz que não houve avanço nas negociações com as companhias aéreas. Na terça (20), em transmissão ao vivo pelo YouTube, Henrique Hacklaender, diretor presidente do SNA, afirmou que o movimento vai continuar até que as demandas sejam solucionadas.
Tivemos um primeiro dia muito bom, um segundo dia que vem crescendo, vem melhorando cada vez mais. E vamos para um terceiro, para um quarto, para um quinto. Quantos forem necessários. As empresas não se posicionaram, não apresentaram nada até o momento e nós precisamos chegar em uma resolução.
Henrique Hacklaender, diretor presidente do SNA
Em nota, o SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias)) destacou que a pandemia impactou fortemente o preço das passagens aéreas e aumentou os custos para as empresas — que, segundo o sindicato, acumulam prejuízo.
"O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada", concluiu.
(Com Estadão Conteúdo)
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