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Senacon: Há indício de ação orquestrada e cartel em alta de combustíveis

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/01/2023 15h17Atualizada em 05/01/2023 15h58

Wadih Damous, chefe da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão ligado ao Ministério da Justiça, afirmou hoje durante participação no UOL News que há indícios de uma ação orquestrada de aumento dos combustíveis para prejudicar o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O órgão notificou oito entidades de postos de combustíveis e afirmou que:

  • não houve aumento dos preços internacionais;
  • também não houve elevação de preços nas refinarias, que justifiquem os aumentos observados a partir do dia 1º de janeiro.

Parece ação orquestrada e isso vai ser investigado. (...) há indícios, independente de ser uma ação política orquestrada por bolsonaristas de cartelização. Tanto é assim que o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] também abriu investigação sobre a possibilidade de cartel. Wadih Damous

Caos na sociedade. O secretário ainda afirmou que a ação de aumento no preço dos combustíveis pode ter sido feita com o intuito de "gerar caos na sociedade" e que serão investigados crimes contra a ordem econômica e a economia popular. Havendo a constatação dos indícios dentro do prazo de 48 horas, há encaminhamento para o Ministério Público.

Joel: Se nada mais surgir além de apoio político, ministra do Turismo continua no cargo

O comentarista do UOL News Joel Pinheiro afirmou que o suposto vínculo da ministra do Turismo Daniela Carneiro (União Brasil) com o miliciano e ex-PM Juracy Alves Prudêncio pega muito mal para o governo, mas que ela deverá continuar no cargo se não surgirem provas mais contundentes de uma ligação com as milícias.

"Dados os precedentes recentes que a gente tem no poder brasileiro, se não descobrirem mais nada dessa relação e foi mesmo somente uma relação de um apoio político e não há provas que liguem ela a nenhuma atividade criminosa, isso vai passar e ela fica no cargo. Se ficar nisso, pelas próprias falas do governo, acredito que ela fique", disse.

Fala de Tebet sobre mulheres negras mostra ignorância sobre gestão pública, diz Sakamoto

Um dia antes de sua posse, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que é muito difícil trazer mulheres pretas para trabalhar em Brasília porque "normalmente elas são arrimo de família" e, no governo, "os salários são muito baixos". Na avaliação do colunista do UOL Leonardo Sakamoto, a chefe da pasta demonstrou desconhecimento sobre a gestão pública.

"O comentário demonstra ignorância da ministra enquanto a própria natureza da administração pública. O governo federal conta com milhares de servidores concursados em categorias profissionais. Negros, negras e indígenas que podem ser convocados para cargos comissionados".

Além disso, ele também classificou a fala como preconceituosa uma vez que Tebet colocou toda mulher negra como arrimo de família. "Esse tipo de generalização é muito ruim. Claro que existem mulheres negras entre as mais pobres e se tornam arrimo de família por conta do machismo estrutural, mas existem sim outras mulheres negras em posições e cargos de destaque".

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