Novo golpe do Pix usa extrato de clientes e toca até música do Itaú
Golpistas ligam para as pessoas e dizem que a conta delas foi invadida, mas vão solucionar o problema. Eles têm informações sobre o extrato dos clientes, simulam estar na central de atendimento dos bancos, são bem articulados e usam até uma música similar à do Itaú. Isso ganha a confiança dos clientes e os convence. A denúncia viralizou em redes sociais nesta semana.
Gerentes procurados pelas vítimas dizem saber do golpe e que há muitas vítimas. Procurado pelo UOL na quarta-feira (8), o Itaú havia dito que "segurança é prioridade máxima", mas não havia comentado a situação específica.
O Itaú não afirma ainda qual pode ser a origem do golpe. Após a publicação desta reportagem, o banco enviou nova nota nesta quinta (9) em que diz que não há falhas na segurança do sistema em relação ao golpe do Pix.
Golpistas acessam dados bancários
No esquema, o falso funcionário do banco liga e diz que a conta foi acessada por criminosos. Em relato no Twitter, a jornalista Marcella Centofanti diz que o fraudador ligou para ela fingindo ser funcionário do Itaú e disse que a conta bancária dela estava bloqueada por causa de uma tentativa de invasão por terceiros.
O falso atendente citou movimentações bancárias recentes dela. O golpista afirma que alguém fez transações para uma conta e pede que, caso ela não as reconheça, faça um pagamento pelo aplicativo com o mesmo valor para a mesma conta (a do golpista), de forma que o banco reconheça a duplicação e cancele a operação.
O golpista tenta conquistar a confiança da vítima aos poucos. Centofanti descreve o golpista como "articulado" e com "um tom de voz calmo", tão paciente a ponto de ficar mais de 20 minutos na linha. Ela só suspeitou de golpe quando ele pediu que ela fizesse um Pix para a conta mencionada.
Gerente do Itaú reconhece a ação criminosa, que se multiplica. A jornalista ligou para a gerente do banco e teve a confirmação da fraude. "Segundo ela, tá bombando [o golpe]. Um monte de gente caindo", escreveu a vítima. De acordo com Centofanti, a gerente não soube dizer como o golpista teve acesso a dados sigilosos.
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