Ministério diz que caso de 'vaca louca' é atípico
Segundo o Ministério da Agricultura, o laboratório de referência da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) confirmou a análise na noite de hoje (2).
O que diz o ministério:
- O caso isolado de Encefalopatia Epongiforme Bovina - conhecida como 'vaca louca' - detectado no município de Marabá (PA) é atípico;
- O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, já comunicou o resultado da amostra ao presidente Lula (PT);
- As informações sobre a análise já estão sendo inseridas no sistema para a comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas;
- Segundo a pasta, assim que concluído o processo, será marcada uma reunião virtual com o governo chinês para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país.
Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro
O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que está adotando as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.
O que é a doença da vaca louca?
- A Encefalopatia Espongiforme Bovina é uma doença degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos, com longo período de incubação. Leva, em média, cinco anos para que as primeiras manifestações apareçam;
- O quadro é caracterizado por sinais de nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção. Não é passível de tratamento específico e é de difícil diagnóstico;
- A versão humana da doença mais comum hoje em dia é conhecida como Nova Variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vCJD) e também é letal. Ela está ligada ao consumo de carne contaminada.
Qual a diferença entre variante clássica e atípica?
- A doença da vaca louca pode se manifestar de duas formas --a variante clássica e a atípica. A forma clássica ocorre em bovinos após a ingestão de ração contaminada com príons e é considerada a forma mais preocupante da doença;
- Já a variante atípica pode aparecer espontaneamente em todas as populações de gado;
- A forma atípica é considerada de ocorrência "natural e esporádica", ou seja, ela provavelmente sempre está presente em grandes populações de gado, mas em uma proporção muito baixa e só costuma ser identificada quando são adotados procedimentos de vigilância intensiva;
- Além disso, a versão atípica costuma afetar apenas bovinos mais velhos --como foi o caso do animal identificado com a doença em Marabá (PA), que tinha 9 anos.
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