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Nômade digital: quais são as melhores cidades para trabalhar viajando?

Yaowarat Road, Bangcoc, na Tailândia: uma das melhores cidades para nômades digitais - StockByM/Getty Images/iStockphoto
Yaowarat Road, Bangcoc, na Tailândia: uma das melhores cidades para nômades digitais Imagem: StockByM/Getty Images/iStockphoto

Bárbara Muniz Vieira

Colaboração para o UOL

15/06/2023 04h00

Se você sonha em se aventurar pelo mundo enquanto trabalha online como nômade digital, a decisão mais importante é definir quais lugares estão dentro do seu orçamento e estilo de vida.

Como se planejar?

Uma das ferramentas que pode ajudar é o site Nomad List. Ele classifica as melhores cidades para nômades digitais com base no custo de vida, velocidade da internet, clima, segurança, entre outras informações.

O site foi criado pelo holandês e nômade digital Pieter Levels. O site sempre teve como objetivo impulsionar o movimento de pessoas que querem trabalhar e viajar por lugares diferentes. O ranking do Nomad List é feito pelos próprios nômades, que se tornam membros da comunidade por US$ 79,99, com acesso vitalício.

O banco de dados tem 526 cidades classificadas pelos viajantes. O ranking e as classificações sobre as cidades estão constantemente mudando, com as informações fornecidas pelos usuários, incluindo prós e contras. A lista desta reportagem traz as dez cidades mais bem avaliadas pelos usuários do site em 14 de junho de 2023.

Alguns lugares se mantêm no topo da lista dos destinos preferidos para quem quer trabalhar e viajar. No Brasil, Florianópolis se encontra atualmente na quinta posição.

Veja abaixo as 10 melhores cidades para quem quer trabalhar e viver viajando:

Templo de Wat Arun ao pôr-do-sol em Bangcoc, Tailândia - Getty Images - Getty Images
Templo de Wat Arun ao pôr-do-sol em Bangcoc, Tailândia
Imagem: Getty Images

Ko Pha Ngan e Bangcoc (Tailândia)

Custo de vida mensal: US$ 1.410 (Bangcoc) e US$ 1.619 (Ko Pha Ngan).

Velocidade da internet (média): 28Mbps.

Prós: Ambas cidades na Tailândia se destacam pelo clima quente o ano todo e pela segurança, são abertas à comunidade LGBTQIA+ e a estrangeiros em geral e têm muitas opções de diversão.

Contras: o trânsito é ruim, nem todas as pessoas falam inglês e é preciso tomar cuidado com a comida. Os membros do site também citam como pontos fracos a qualidade ruim dos hospitais e o baixo nível educacional das pessoas em geral.

Visto: A Tailândia está implementando o LTR Visa, um visto que permite a residência no país por um longo prazo para quem trabalha remotamente. O visto concede isenção tributária para rendimentos de fora do país.

Ilha da Madeira, Portugal - Juergen Sack/Getty Images/iStockphoto - Juergen Sack/Getty Images/iStockphoto
Ilha da Madeira, Portugal
Imagem: Juergen Sack/Getty Images/iStockphoto

Ericeira, Madeira e Lagos (Portugal)

Custo de vida mensal: US$ 2.335 (Madeira), US$ 3.646 (Ericeira) e US$ 2.629 (Lagos).

Velocidade da internet (média): 42Mbps (Madeira), 100Mbps (Ericeira) e 45Mbps (Lagos).

Prós: as três cidades de Portugal são muito seguras, é fácil fazer amigos e negócios, e há muitas opções de lazer.

Contras: Ericeira é cara, fria no inverno e os hospitais são ruins. Madeira não é tão cara, mas a qualidade dos hospitais também é ruim. Lagos tem poucas opções de entretenimento e muitos fumantes

Visto: Apesar de Portugal não mais ter um programa de nômade digital, é possível se viver e trabalhar no país com um visto D7 (o chamado visto de "renda passiva"), sendo proibido o trabalho para empresas locais, e sendo exigida uma estadia mínima de 16 meses em Portugal, durante os 24 primeiros meses de validade do visto.

Praia Mole, Florianópolisa - divulgação - divulgação
Praia Mole, Florianópolisa
Imagem: divulgação

Florianópolis (Brasil)

Custo de vida mensal: US$ 1.516.

Velocidade da internet (média): 3Mbps.

Prós: faz calor o ano todo, a cidade é barata, tem bons hospitais e muitas opções de diversão.

Contras: A internet é ruim, a cidade está cheia, o trânsito é ruim e falta segurança.

Visto: No caso dos brasileiros, não é necessário visto.

Capella Ubud, Bali (Indonésia) - Divulgação - Divulgação
Capella Ubud, Bali (Indonésia)
Imagem: Divulgação

Ubud (Indonésia)

Custo de vida mensal: US$ 1.670

Velocidade da internet (média): 6Mbps.

Prós: barata, segura e quente o ano todo, Ubud é citada como muito segura para mulheres, fácil de fazer amigos e negócios e com boas opções de diversão.

Contras: internet e hospitais são ruins, de acordo com os nômades, e as pessoas não falam inglês.

Visto: Não existe programa de nômade digital na Indonésia, mas é possível trabalhar remotamente no país com um visto de turismo, ou um visto B211a. Para uma estadia de até 30 dias, brasileiros não precisam de visto de turismo. Para estadias mais prolongadas, deve-se solicitar o visto B221a, que permite estadia de 60 dias, sendo permitidas duas prorrogações, cada uma de 60 dias. O visto custa entre US$ 131,23 e US$ 393,70, dependendo do período previsto de estadia.

O Portão de Brandemburgo, um dos pontos mais famosos de Berlim - Claudio Schwarz/ Unsplash - Claudio Schwarz/ Unsplash
O Portão de Brandemburgo, um dos pontos mais famosos de Berlim
Imagem: Claudio Schwarz/ Unsplash

Berlim (Alemanha)

Custo de vida mensal: US$ 4.254

Velocidade da internet (média): 19Mbps.

Prós: Berlim é uma das cidades mais importantes e multiculturais da Europa. Os nômades a consideram muito segura, inclusive para mulheres e para a população LGBTQIA+. Outros pontos elogiados são as muitas opções de entretenimento e oportunidades de negócios, os hospitais e o transporte. .

Contras: A cidade é a mais cara entre as dez primeira colocadas. Os nômades digitais reclamam também do frio durante o inverno, da dificuldade de fazer amizades e da quantidade de fumantes que vivem em Berlim.

Visto: a Alemanha não tem um programa de visto para nômades digitais. Quem tem passaporte da União Europeia, no entanto, não encontra grades dificuldades para permanecer no país. Profissionais das áreas de saúde, direito, contabilidade, ciências, linguagem e comunicação podem conseguir um visto de freelancer (Freiberufler Visa), com validade de três meses. Após esse período, é preciso pedir um visto de residente que tem duração de três anos. O visto custa 75 euros (cerca de R$ 390).

Cidade do México, México - MARCO BOTTIGELLI/Getty Images - MARCO BOTTIGELLI/Getty Images
Cidade do México, México
Imagem: MARCO BOTTIGELLI/Getty Images

Cidade do México (México)

Custo de vida mensal: US$ 1.892.

Velocidade da internet (média): 21Mbps.

Prós: a capital do México é barata, quente o ano todo e é fácil fazer amigos.

Contras: hospitais ruins, as pessoas não falam inglês, além de a cidade ser muito cheia.

Visto: não há um programa específico para nômades digitais, mas há a possibilidade de fazer um Visto de Residência Temporária, que permite ao estrangeiro trabalhar, desde que não seja para uma empresa local. As taxas variam de US$ 150 a US$ 350, dependendo da validade do visto, e é necessário renda mensal mínima de US$ 2.600.

Tiny house em Austin, no Texas, nos Estados Unidos - Reprodução/Airbnb - Reprodução/Airbnb
Tiny house em Austin, no Texas, nos Estados Unidos
Imagem: Reprodução/Airbnb

Austin (Estados Unidos)

Custo de vida mensal: US$ 3.942

Velocidade da internet (média): 55Mbps.

Prós: A cidade é segura e quente o ano todo, há muitas opções de diversão e o nível educacional das pessoas é alto.

Contras: Austin é cara, difícil de fazer amigos e não muito segura para mulheres.

Visto: Nos Estados Unidos as pessoas vão com visto de turismo (B-1), ou com visto de negócios (B-2), lembrando que nestas condições o trabalho para empresas americanas é proibido. Apesar de ser possível se obter uma autorização para uma estadia de até 6 meses, quem determina o período de estadia é o agente de imigração que checar a documentação na chegada aos Estados Unidos.

As informações sobre os vistos para trabalhar nos países são da Veirano Advogados, com exceção de Berlim, que foi obtida a partir do site de imigração da Alemanha.