Dicas, humor, conselhos: o que as pessoas buscam ao seguir influenciadores?

Esta é a versão online para a edição desta sexta-feira (04/08) da newsletter Mídia e Marketing. Quer se inscrever neste e outros boletins e recebê-los no seu e-mail? Cadastre-se aqui.

***

O que as pessoas buscam nas redes sociais ao seguir influenciadores e criadores de conteúdo? Segundo um estudo recente do IAB Brasil, o que ela querem mesmo são dicas e conselhos de produtos e serviços.

O que mostra o estudo

O levantamento do IAB, produzido em parceria com a empresa de pesquisa Offerwise, apontou que 92% das pessoas já aplicaram dicas de criadores de conteúdos digitais em suas próprias vidas.

De acordo com o estudo, 79% dos respondentes consomem algum conteúdo desenvolvido por influenciadores digitais.

Mais da metade da ouvidos (65%) consome diariamente conteúdos produzidos por criadores.

Instagram (86%), YouTube (78%) e Facebook (55%) são as plataformas onde mais se consome conteúdos de influenciadores

Para Ana Paula Passarelli, especialista em influência e chefe de operações da agência Brunch, o dado mostra o tamanho da responsabilidade dos criadores de conteúdo com a audiência.

Continua após a publicidade

Um dado dessa grandeza orienta criadores e influenciadores digitais a assumirem uma postura responsável e autêntica com seus conteúdos. O tamanho expressivo dessa influência exercida no comportamento de consumo da sociedade, caso não seja feito com responsabilidade, critérios e, principalmente, respeitando essa comunidade, pode eventualmente induzir as pessoas ao erro
Ana Paula Passarelli, CCO da Brunch

Para Raphael Pinho, CEO da agência de marketing de influência Spark, os números mostram como influenciadores se tornaram grandes veículos de comunicação.

Hoje, eles são uma potência nas estratégias de comunicação e vendas de marcas dos mais diversos segmentos. Os influenciadores construíram uma relação de confiança com a sua audiência e as marcas. Quando as marcas entram do modo correto nestas conversas, podem ter resultados de conversão gigantescos
Raphael Pinho, CEO da Spark

O estudo, que ouviu 1.500 pessoas acima de 18 anos que seguem criadores de conteúdo nas redes sociais, também destacou os temas de interesse dos consumidores.

Segundo o levantamento, os nichos de influenciadores mais consumidos são:

Humor e entretenimento (52%)

Continua após a publicidade

Música (48%)

Culinária e Gastronomia (40%)

Fitness e Saúde (40%)

Tecnologia (39%)

Whindersson Nunes, Zé Felipe, Edu Guedes, Renato Cariani e Gabriel Granjeiro foram, respectivamente, os mais citados em cada uma das áreas.

E publi: pode?

Para 55%, a grande motivação para seguir um criador de conteúdo são "aprender novas coisas e ampliar conhecimentos" - 44% das pessoas acreditam que, assim, podem obter dicas e conselhos úteis.

Continua após a publicidade

Mesmo assim, a publicidade é vista com bons olhos pelas pessoas, que acreditam ver uma função nos anúncios:

58% consideram que as publis são interessantes para descobrir novos produtos

44% concordam que tiveram vontade de saber mais sobre produtos ou serviços divulgados

36% afirmam que tiveram vontade de compartilhar o produto ou serviço com outras pessoas

Estamos falando sobre construção de conversas. Ao criar comunidades, todo o criador precisa equilibrar o tipo de conteúdo que ele oferece, seja informativo, inspiracional ou educativo. Marcas precisam permitir que os criadores exerçam a sua capacidade criativa de maneira integral. É ele quem sabe melhor do que ninguém como conversar com essa comunidade
Ana Paula Passarelli, da Brunch

Além de buscar nestes influenciadores assuntos do seu interesse, boa parcela dos seguidores entende que este tipo de interação e oportunidades de conhecer e comprar produtos com desconto faz parte dos conteúdos que eles buscam. É como dizer que toda ação publicitária do criador é um merchandising, já que ele sempre terá participação direta na peça publicitária
Raphael Pinho, da Spark

Deixe seu comentário

Só para assinantes