Brasil tem 7ª maior alta do PIB no 2º trimestre em ranking com 46 países
O crescimento de 0,9% do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano deixou o país na 7ª posição em um ranking de 46 economias compilado pela agência de classificação de risco Austin Rating.
O que aconteceu
O Brasil superou a média geral, de 0,5%, para o período. A alta na atividade econômica foi acima do esperado mas, ainda assim, menor do que no trimestre anterior, que foi revisado para 1,8%. O resultado confirma uma desaceleração da economia no período de abril a junho de 2023, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)..
Países do Brics registraram crescimento médio de 0,9%. A economia brasileira superou a da China no trimestre, que cresceu 0,8%. O material elaborado pela Austin Rating só traz dados destes dois países do Brics e não tem informações sobre África do Sul, Rússia e Índia.
Japão lidera o ranking no segundo trimestre deste ano. O PIB do país asiático foi o que mais cresceu no período: 1,5%. Em segundo e terceiro lugares figuram Eslovênia e Taiwan, com 1,4% cada.
O top 10 é dominado por Ásia e Europa. A lista com os dez maiores desempenhos no 2º trimestre frente aos três primeiros meses do ano é completada por Costa Rica (1,3%), Turquia (1,3%), Malásia (1%), Romênia (0,9%), China (0,8%) e Indonésia (0,8%). Os Estados Unidos aparecem na 14ª posição (0,6%).
Dentre os países do G-20 que já divulgaram o resultado do PIB do segundo trimestre de 2023, o Brasil apresentou o segundo melhor desempenho na comparação trimestral, ficando na 4º e 5º melhor posição na comparação interanual e em termos de variação acumulada em quatro trimestres.
Nota técnica da Secretaria de Política Econômica
Governo projeta 2023 positivo
O PIB do segundo trimestre cresceu 3,4% em comparação com o mesmo período de 2022. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, a economia cresceu 3,2%, ante os quatro trimestres anteriores. Com isso, a atividade econômica do país opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, e atinge o ponto mais alto.
Governo diz que resultado traz viés positivo para a projeção para o ano. A estimativa atual do Ministério da Fazenda é de crescimento de 2,5% em 2023.
O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE
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