Governo faz hoje leilão de 605 km de rodovias federais e estaduais no PR

O Ministério dos Transportes e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizam nesta sexta-feira (29) o leilão de concessão do segundo lote de rodovias federais e estaduais do Paraná. O certame acontece a partir das 14h na B3, em São Paulo.

O que vai acontecer

Lote tem 605 km de rodovias, sendo três federais e nove estaduais. O leilão compreende as BR-153, 277 e 369, além das PR-092, 151, 239, 407, 408, 411, 508, 804 e 855.

Concessão prevê investimento de R$ 17,3 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão. Deste total, R$ 10,8 bilhões serão usados para melhorias estruturais e segurança das vias e R$ 6,5 bilhões para serviços operacionais. Os investimentos incluem 350 km de duplicação, 139 km de faixas adicionais e 150 paradas de ônibus, por exemplo.

Ganha o leilão a empresa que oferecer a menor tarifa de pedágio. Segundo a ANTT, a concessionária vencedora será aquela que apresentar o maior desconto em relação à tarifa estipulada no edital do leilão. O desconto máximo permitido sem nenhum aporte financeiro (caução) é de 18%. Em caso de sucesso na transferência da administração dessas estradas para a iniciativa privada, a empresa vencedora do leilão assinará o contrato em janeiro de 2024.

É o segundo leilão de rodovias feito pelo governo Lula (PT). A previsão é de que a concessão deste novo lote crie 110 mil empregos diretos e indiretos, segundo o Ministério dos Transportes.

A concessão das estradas paranaenses é um dos maiores projetos rodoviários em andamento no país. Esse leilão do lote 2 representa um passo significativo na modernização e melhoria da infraestrutura viária da região, prometendo segurança e comodidade para todos os usuários.
Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT

Resultado do 1º leilão

Pátria Investimentos venceu o leilão do 1º lote de rodovias, em agosto. A empresa propôs desconto de 18,25% sobre o valor máximo da tarifa de pedágio e arrematou o lote 1, que compreendia 473 km de rodovias federais e estaduais.

Leilão não atraiu empresas tradicionais, como CCR e Ecorodovias. Mesmo assim, o ministro dos Transportes, Renan Filho, classificou a primeira rodada como um "sucesso". "Mostramos com o leilão que haverá tarifa menor e com muita chance de realização de todas as obras elencadas", disse a jornalistas na ocasião.

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