Paçoquita para beber: gigante do amendoim entra no mercado de bebida láctea

A Paçoquita entrou no mercado de bebida láctea. A marca, que já vende 1 milhão de doces de amendoim por dia, espera agora conquistar o público millennial e a geração Z.

O que está acontecendo

A empresa Santa Helena lançou a Paçoquita láctea. O produto está disponível nas prateleiras dos supermercados desde 20 de setembro

Há versões nos sabores amendoim e chocolate. O lançamento foi inspirado no comportamento dos consumidores que batiam a Paçoquita com leite. Produto tem soro de leite líquido ou reconstituído, leite em pó integral reconstituído, pasta de amendoim integral, cacau em pó, amido modificado, sal e outros aditivos, como espessantes, estabilizantes e aromatizantes.

Nas redes, o lançamento foi bem recebido. "Meu Deus, que surto, já quero", diz um. "Eu não sabia que precisava experimentar até eu ver", diz outro. Alguns ainda pedem versão vegana do produto, enquanto outros pedem a adaptação da versão esportiva, com whey, para bebida.

Produto nasceu após cinco anos de estudo. Para trazer a nova versão, a empresa fez pesquisas durante cinco anos com dois universos de consumidores: abaixo de 15 anos, parcela significativa da geração Z, e acima de 15 anos, que também concentra millennials e fãs mais tradicionais da marca. Nos dois segmentos, 93% gostaram de saber que Paçoquita poderia ser uma bebida láctea pronta para beber.

O resultado indicou que 87% dos pais colocariam o produto na lancheira de seus filhos. "Os desejos dos consumidores sempre foram considerados e, na medida do possível, viabilizados. Foi assim com a versão cremosa, e agora com Paçoquita pronta para beber", declara Tiago Leal, gerente de inovação e novos negócios da Santa Helena Alimentos S/A.

A marca está com a campanha "Mistura que dá bom" nas redes sociais de Paçoquita. Investiu em ações com influenciadores digitais e até criou um jingle com coreografia.

Empresa não divulgou o valor do investimento e faturamento esperado com a Paçoquita láctea. Também não informou se pretende lançar versão láctea de outros produtos já comercializados. "A Santa Helena é uma empresa comprometida com a qualidade e a inovação de seus produtos, e está sempre avaliando o segmento do varejo para estudar futuros lançamentos. No momento, os esforços da empresa estão direcionados para o lançamento de Paçoquita Pronta Para Beber, um produto que chegou para inovar mais uma vez a marca Paçoquita", diz Tiago Leal, gerente de inovação e novos negócios da Santa Helena Alimentos.

Outros produtos da Paçoquita

Lançada em 1982, a Paçoquita é um dos produtos líderes de vendas do grupo Santa Helena no Brasil. Hoje, o produto existe em diferentes versões: com chocolate, com aveia e até uma versão "esporte", com 24% de whey protein e está entre a lista de favoritos dos clientes.

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  • Paçoquita Lovers Chocolate e Avelã: Foi criada após votação dos fãs da marca, que participaram de uma promoção para escolher o novo sabor da marca.
  • Paçoquita cremosa: É apresentada em três tamanhos diferentes, assim como a Paçoquita mastigável, que ainda pode ser consumida na versão Zero Açúcar.
  • Paçoquita 0% açúcar: A linha sem açucares também ganhou as versões Aveia e Esporte com Whey Protein para levar os nutrientes do amendoim para os consumidores que não podem consumir açúcar.
  • Paçoquita Pamonha: Foi pensada para unir Paçoquita com um dos pratos típicos mais desejados na época de festas juninas
  • Paçoquita mastigável: A bala mastigável com gosto de amendoim que também conta com a versão diet foram criadas após pesquisas com os consumidores da marca.

Gigante do amendoim

A Santa Helena foi fundada em março de 1942, em Ribeirão Preto (SP), por José Marques Telles. Com a ajuda de três de seus filhos e poucos equipamentos, a empresa fazia doces para serem vendidos por ambulantes.

A venda de doces para pequenos comerciantes foi a principal atividade da empresa por décadas. A Santa Helena cresceu e ganhou estrutura ao longo do tempo. Em 1982, é inaugurada uma nova fábrica, com foco em produtos à base de amendoim.

Em 1982 acontece o "pulo do gato" da Santa Helena, quando é lançada a Paçoquita. Nos últimos 40 anos o doce se tornou referência no mercado e hoje é encontrado em diferentes versões: com chocolate, diet, com aveia, a versão cremosa. Há até uma versão "esporte", com 24% de whey protein e o cappuccino Paçoquita.

São mais de 1 milhão de unidades vendidas por dia. A Paçoquita original é feita com apenas três ingredientes: amendoim, sal e açúcar. A empresa diz controlar todas as etapas de produção e distribuição, desde o plantio do amendoim até a chegada do doce aos pontos de venda.

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Ao todo, a empresa conta com mais de 150 produtos. A produção inclui as marcas Paçoquita, Mendorato, Amindus, Crokíssimo, Troféu e a linha Cuida Bem, de itens saudáveis.

Com a Paçoquita, a Santa Helena alcançou a liderança do segmento de doces e confeitos à base de amendoim. A empresa responde por quase 25% dos alimentos à base de amendoim consumidos no Brasil.

O Grupo Santa Helena é formado pelas empresas Santa Helena Alimentos e Terranuts, unidade beneficiadora de amendoim. O grupo fechou 2022 com receita líquida de R$ 870 milhões, crescimento superior a 30% sobre 2021. A receita líquida de exportação do grupo atingiu R$ 200 milhões, com crescimento superior a 35% sobre 2021.

As exportações também são importantes. A receita líquida com exportações em 2022 foi de R$ 200 milhões, crescimento de 35% sobre o resultado de 2021. Atualmente, a companhia exporta para mais de 15 países, entre eles Argentina, EUA e Japão.

Aproximadamente 70% do amendoim in natura colhido no país é destinado ao mercado externo. Ele é vendido para mais de 90 países, sendo que Rússia e Argélia são os principais destinos, respondendo por aproximadamente 34% e 14% das exportações brasileiras, respectivamente.

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Por causa da demanda, a produção brasileira de amendoim passou de 346,8 mil toneladas na safra 2014-15 para cerca de de 895 mil toneladas na safra 2022-23, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O crescimento de 157,5% em oito anos mostra o potencial do mercado, afirma o economista Ronaldo Pagliotto.

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