'Black Friday' não tem relação com escravidão; entenda possíveis origens

O boato que liga a origem da "Black Friday" com a venda de pessoas escravizadas costuma circular nas redes sociais nesta época do ano, mas não há registros que liguem a data e o evento com a escravidão.

A origem do termo "Black Friday"

Não há uma só explicação histórica para a definição do termo.

De acordo com a enciclopédia Britannica, o termo surgiu com a polícia da Filadélfia. Nos anos 1960, os policiais começaram a usar o nome para descrever o caos que resultava quando um grande número de turistas ia à cidade para fazer suas compras de fim de ano e, em alguns anos, assistir ao jogo anual de futebol entre o Exército e a Marinha, no sábado.

As enormes multidões criavam uma dor de cabeça para a polícia, que trabalhava em turnos mais longos do que o habitual enquanto lidava com engarrafamentos, acidentes, furtos em lojas e outros problemas.

Em poucos anos, o termo Black Friday criou raízes na Filadélfia. Os comerciantes da cidade até tentaram suavizar o nome, chamando de "Big Friday" ("Grande Sexta-Feira").

O termo só "pegou" nos anos 1980. Ainda segundo a enciclopédia, o nome "Black Friday", no sentido de um impulso positivo nas vendas, só foi crescer nos EUA no final da década, quando os comerciantes começaram a espalhar a narrativa de "sair do vermelho".

Nessa época, a Black Friday foi descrita como o maior dia de compras nos EUA. No entanto, a maioria das lojas teve suas maiores vendas no sábado anterior ao Natal.

Outra origem

Historicamente, a Black Friday tem outra conotação, não relacionada com compras. Em 1869, financiadores de Wall Street tentaram monopolizar o mercado de ouro do país na Bolsa de Ouro de Nova York, comprando o máximo possível do metal precioso, com a intenção de fazer os preços dispararem.

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Em uma sexta-feira, 24 de setembro, a intervenção do presidente Ulysses S. Grant fez com que o plano ruísse. O mercado de ações despencou instantaneamente, levando milhares de norte-americanos à falência.

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