Durou pouco e mudou de valor com carimbo: como era a cédula de meio milhão

Entre janeiro e agosto de 1993, circulou no Brasil a cédula com o maior valor de face da história do país: Cr$ 500.000. Meio milhão de cruzeiros!

Nem a Venezuela, que chegou a ter uma inflação de 500.000%, lançou uma cédula de valor tão alto.

O que aconteceu

O valor astronômico do cruzeiro durou apenas oito meses. A partir de agosto de 1993, o Brasil adotou uma nova política monetária, e o nosso dinheiro mudou de nome para cruzeiros reais, que foi mantido até 1º de julho de 1994, quando o real entrou em circulação.

No período do cruzeiro real, a cédula continuou circulando, só que com um carimbo do novo valor: 500 cruzeiros reais.

O carimbo foi a estratégia adotada pelo governo para economizar, em vez de imprimir novas cédulas. Os 500 cruzeiros reais valiam apenas R$ 0,18 quando o real entrou em circulação.

Inspiração

A cédula homenageia o escritor Mário de Andrade com um desenho inspirado no autorretrato "Sombra Minha", que aparece com o último verso do poema "Eu sou trezentos?".

O reverso mostra o escritor ladeado por crianças, com um desenho do edifício Martinelli, em São Paulo.

No tempo dos mil-réis?

O Brasil teve, no século 19 e no início do século 20, a cédula de 1 conto de réis, equivalente a 1 milhão (1:000$000). No entanto, as cédulas de contos de réis não traziam a inscrição completa em numeral e, sim, apenas "1000" e a inscrição "conto de réis".

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Os valores depois do "$" valiam tão pouco que eram usados quase como centavos.

Além disso, já tivemos cédulas de 500 mil réis, mas elas traziam apenas o numeral "500" seguido pela inscrição por extenso "mil réis".

Fonte: blog Cara ou Coroa

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