Governo arrecada R$ 657,8 bi no 1º tri, recorde histórico para o período
A arrecadação federal de impostos e contribuições totalizou R$ 657,77 bilhões no primeiro trimestre de 2024. O valor é o maior de toda a série histórica, iniciada em 1995, para o período, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pela Receita Federal.
Quanto a Receita arrecadou
Nos três primeiros meses do ano passado, a arrecadação federal somou R$ 581,8 bilhões. Até então, o valor era o maior para o período e agora foi superado em 13%.
Somente no mês de março, os embolsos federais com tributos foi de R$ 190,61 bilhões. O total corresponde também à maior arrecadação da história para o mês, com alta nominal de 11,43% ante os R$ 171 bilhões arrecadados no mesmo intervalo do ano passado.
Descontada a inflação, a arrecadação também cresceu em ambos os intervalos de tempo. A alta registrada em março é 7,22% maior do que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado nos últimos 12 meses. Já a variação do primeiro trimestre é ainda maior, de 8,26%.
Por que a arrecadação aumentou
As variações positivas podem ser explicadas por três fatores. Segundo a Receita Federal, contribuem para o resultado o comportamento das variáveis macroeconômicas, o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e a tributação dos fundos exclusivos.
"O setor de combustíveis aparece em destaque, porque estamos vivendo o período da reoneração. No ano passado, os combustíveis estavam desonerados. Por isso, esse segmento vai encabeçar o desemprenho positivo da arrecadação".
Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal
O desempenho dos setores produtivos também contribui para o aumento arrecadatório. A Receita destaca os avanços da produção industrial (4,93%), das vendas do comércio (9,7%) e do setor de serviços, (2,5%) na comparação com 2023.
As estimativas do Fisco mostram que as altas reais poderiam ser menores. Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento acima da inflação de 4,69% na arrecadação do primeiro trimestre e de 1,88% na variável do mês de março.
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