Quem é Bernard Appy, secretário responsável pela reforma tributária
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), entregou na última quarta-feira (24) no Congresso a primeira proposta para regulamentar a reforma tributária. Um dos nomes responsáveis pelo projeto é Benard Appy, secretário extraordinário da reforma.
Afinal, quem é Bernard Appy?
Bernard, 62 anos, é considerado referência quando o assunto é reforma tributária. Ele já tratou do assunto quando esteve à frente da Secretaria de Política Econômica, no segundo mandato do presidente Lula, entre os anos de 2008 e 2009.
Ele tem uma longa história com o governo do PT. Antes disso, também passou pelo governo no cargo de secretário executivo da Fazenda e secretário de Reformas Econômico-Fiscais da mesma pasta. Ainda ocupou o cargo de presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil. Sua relação com o PT começou em 1989, quando foi assessor econômico do partido na Câmara dos Deputados, a convite do ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio.
É economista. Appy se formou na Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), onde estudava com Fernando Sampaio, filho de Plínio, no fim da década de 1980. Ele ainda tem mestrado na área. Antes de começar a se envolver diretamente com o governo, Appy foi professor do curso de economia da PUC, em São Paulo, de 1996 a 2002.
Além disso, foi criador do Centro de Cidadania Fiscal, empresa que se considera uma instituição independente que tenta simplificar o sistema tributário do país.
A reforma
Logo que assumiu cargo no atual governo, Appy disse, em entrevista a Infomoney, que a reforma tributária só não avançou antes por "falta de empenho" do governo de Jair Bolsonaro. "O tema estava maduro, em função do avanço da discussão técnica na construção de um modelo que mitiga muito as resistências. Neste governo não avançou basicamente porque ele não quis colocar capital político para aprovar a reforma".
Segundo Appy, agora, as pessoas vão ficar sabendo quanto estão pagando de imposto em cada compra. O texto entregue pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, institui a criação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), da CBS (Contribuição Social sobre Bens e Serviços) e do IS (Imposto Seletivo). As alíquotas vão substituir os três tributos federais (PIS, Cofins e IPI), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS).
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