Desemprego recua em 21 estados e no DF e chega à menor taxa em 10 anos

O nível de desemprego no Brasil diminuiu em 21 estados e no Distrito Federal no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O movimento fez a taxa de desocupação encerrar os três primeiros meses deste ano em 7,9%, o menor patamar em 10 anos. Os dados são um detalhamento maior da pesquisa de Pnad Contínua trimestral divulgada no início do mês.

O que aconteceu

A taxa de desemprego está menor em 21 estados e no Distrito Federal. Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás e DF aparecem com nível de desocupados em menor nível. Os números são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

A desocupação avançou em quatro estados. Rondônia (de 3,2% para 3,7%), Roraima (de 6,8% para 7,6%), Rio Grande do Sul (de 5,4% para 5,8%) e Mato Grosso do Sul (de 4,8% para 5%) têm taxas de desocupação maiores do que as apresentadas no primeiro trimestre do ano passado. Em Santa Catarina, o desemprego permanece estável em 3,8%.

Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina têm os menores níveis de desemprego. Com taxas de, respectivamente, 3,7%, 3,7% e 3,8%, os estados atravessam uma situação de "pleno emprego". A definição representa um equilíbrio entre a procura e a disponibilidade das vagas nas localidades. Nessa situação, a busca por uma nova colocação tende a ser pequena.

Bahia (14%) e Pernambuco (12,4%) apresentam os maiores níveis de desemprego. Os estados do Nordeste são seguidos por Amapá (10,9%), Rio de Janeiro (10,3%), Sergipe (10%) e Piauí (10%). Alagoas, Paraíba, Amazonas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Acre, Ceará e Pará também apresentam taxas acima da média nacional.

Na comparação trimestral, a desocupação recuou em sete estados e no DF. Ao comparar os valores com os últimos três meses do ano passado, o desemprego está menor no Amapá (de 14,2% para 10,9%), em Mato Grosso (de 3,9% para 3,7%), em Rondônia (de 3,8% para 3,7%), no Pará (de 7,8% para 8,5%), no Ceará (de 8,7% para 8,6%), em Sergipe (de 11,2% para 10%), no Piauí (de 10,6% para 10%) e no DF (de 9,6% para 9,5%).

As variações percentuais positivas ante o quarto trimestre de 2024, foram verificadas em 20 estados. As altas são do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

No Brasil, praticamente três de cada quatro trabalhadores têm carteira assinada. Conforme os dados da Pnad, 73,9% dos empregados do setor privado do país era celetistas. As regiões Norte (62,4%) e Nordeste (57,9%) apresentaram os menores patamares, enquanto o Sul (83,1%) teve o maior percentual.

Entre as unidades da federação, os destaques ficam novamente com o Sul e o Sudeste. Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) têm as maiores proporções de profissionais formais. Já Piauí (49,4%), Maranhão (52%) e Ceará (54,9%) apresentam as menores taxas de trabalhadores com carteira assinada.

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Tempo de procura

A análise mostra ainda o período em que os profissionais estão em busca por uma colocação no mercado de trabalho. Dos 8,6 milhões de desempregados no primeiro trimestre, 1,9 milhão estão à procura de um emprego por mais de dois anos.

O desemprego mais frequente varia entre um mês e um ano. Segundo os números, são quase 4 milhões nessa situação, o equivalente a 46% daqueles que estão fora da força de trabalho. Existem ainda 1,77 milhão à procura por um emprego há menos de um mês de 967 mil à espera por uma nova colocação entre um e dois anos.

A Pnad coleta a taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade. Para ser visto como desempregado na análise, o profissional não pode ter exercido nenhuma atividade profissional no trimestre. Há também a necessidade de que tenha buscado por uma colocação no período. Caso contrário, ele é enquadrado como desalentado.

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