Desemprego no Brasil recua a 7,1% em maio, menor taxa para o mês desde 2014
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,1% no trimestre finalizado em maio de 2024, segundo dados publicados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o recuo, o percentual de desocupados com 14 anos ou mais no país é o menor para o período desde 2014 quanto a taxa de desemprego também foi de 7,1%.
O que aconteceu
O nível de desemprego caiu em maio e figura no menor nível em dez anos. Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a atual taxa de desocupação é inferior à apurada no trimestre encerrado em abril (7,5%). No mesmo período do ano passado, o patamar de desocupados totalizava 8,3%.
Na análise de todos os meses do ano, o desemprego atual é o menor desde janeiro de 2015. No trimestre encerrado naquele mês, 6,9% da população estava a procura por uma vaga de emprego. O período, no entanto, já marcava a ascensão da piora do mercado de trabalho no Brasil, com a taxa de desemprego alcançando 13,9% em março de 2017.
Total de pessoas em busca por uma colocação no mercado é a menor desde fevereiro de 2015. O cenário mostra que 7,78 milhões de pessoas não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação entre os meses de março e maio. No mesmo período do ano passado, o total de desocupados correspondia a 8,95 milhões de brasileiros. Já no trimestre encerrado em abril deste ano, 8,21 milhões procuravam por emprego no país.
Movimentos acompanham os resultados do início deste ano. No primeiro trimestre, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9%. Tal percentual corresponde também ao menor nível desde 2014. O recuo foi seguido pelo menor patamar de desocupação em 21 estados e no Distrito Federal. Em março, a taxa foi de 7,5%.
O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE
População ocupada chega a 101,3 milhões, maior valor da série histórica, iniciada em 2012. O total representa um aumento de 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) do total de pessoas no mercado de trabalho em um ano.
Ocupação formal e informal também batem recorde no trimestre até maio. Os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram os maiores de toda a série histórica, assim como o total de empregados no setor privado (52,0 milhões).
Salários maiores
O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros era de R$ 3.181 em maio. Apesar de não trazer uma variação significativa na comparação com o período finalizado em abril (R$ 3.161), o valor é 5,6% maior do que o apurado no mesmo mês do ano passado (R$ 3,013).
Alta leva a massa de rendimentos ao novo recorde da série. Com a variação, a soma das remunerações de todos os profissionais brasileiros chegou a R$ 317,9 bilhões entre os meses de março e maio deste ano, total 9% (mais R$ 26,1 bilhões) maior do que o revelado no mesmo mês de 2023.
O que é a Pnad Contínua
Divulgado desde 2012, o estudo do IBGE abrange todo o território nacional. Em suas coletas, a pesquisa avalia indicadores relacionados à força de trabalho entre a população com 14 anos ou mais. O grupo é aquele que integra a População Economicamente Ativa do país.
Os indicadores utilizam as informações dos últimos três meses para a pesquisa. Assim, os dados produzidos mensalmente pela Pnad não refletem a situação de cada mês, mas, sim, o desempenho de cada trimestre móvel do ano. Sendo assim, os números atuais refletem a situação do mercado de trabalho entre os meses de março e maio.
Deixe seu comentário