Haddad culpa a seca por alta na inflação e volta a defender queda dos juros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou na manhã desta quarta-feira (9) a aprovação, pelo Senado, de Gabriel Galípolo para a presidência do BC (Banco Central), mas aproveitou a ocasião para novamente defender a queda da taxa Selic, índice usado como referência para os juros do país.

O que aconteceu


Ao falar com os jornalistas pela manhã, o ministro comentou a aprovação tranquila de Galípolo após a sabatina de que participou ontem, terça-feira (8), no Senado Federal. "Foi muito saudada a maturidade com que a sabatina foi feita, e a votação [foi] muito expressiva. Eu penso que é um sinal de que institucionalmente as coisas vão bem", disse Haddad.

Haddad elogiou Galípolo e afirmou acreditar que ele pode ajudar com "a melhor estratégia" para combater a inflação. "O Galípolo é uma pessoa técnica, como todos os diretores. Nós temos procurado escolher pessoas que tenham um grau de maturidade técnica para ajudar a melhor estratégia de combater a inflação, para trazê-la para a meta. Agora, temos um regime de meta contínua, uma novidade saudada pelos especialistas."

O ministro da Fazendo comentou também os dados da inflação de setembro. Pouco antes da divulgação oficial do IPCA (índice oficial da inflação) de setembro, Haddad comentou que a tarifa de luz e o preço dos alimentos tiveram forte impacto nos gastos das famílias brasileiras. "A seca está afetando dois preços importantes; energia e alimento. Isso não tem a ver com o juro, juro não faz chover. Isso tem a ver com o fato de que tem um choque de oferta em virtude da seca, que traz problemas para a inflação", comentou Haddad. Que acrescentou ainda que essas elevações de preços são apenas temporárias. "Daqui a pouco a chuva chega e as coisas voltam ao normal.'

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