Haddad rebate Zema sobre negociação de dívida: 'Aumentou próprio salário'
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), rebateu as críticas feitas pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), em relação ao projeto de renegociação da dívida dos estados com a União sancionado pelo presidente Lula.
O que aconteceu
"Ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%", escreveu Haddad nas redes sociais. Zema incluiu no plano de recuperação do estado o aumento de sua remuneração mensal, a do vice e também dos secretários estaduais — este ano, o salário do governador mineiro deve chegar a R$ 41,8 mil.
Zema apresentou proposta "bem menor que a aprovada e sancionada" em reunião com Haddad, disse o ministro. Chamado de Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), o projeto prevê descontos nos juros e parcelamento do saldo das dívidas em até 30 anos, além de criar um fundo para compensar estados que sejam bons pagadores. Os próprios estados decidem se vão aderir.
Três governadores da oposição criticaram o governo publicamente pela renegociação. Além de Zema, Cláudio Castro (PL-RJ) e Eduardo Leite (PSDB-RS) defendem a derrubada dos vetos de Lula. Haddad, entretanto, já havia adiantado que o Planalto vetaria trechos com impacto no resultado primário do governo.
O que disseram os envolvidos
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. [...] O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados.
Haddad nas redes sociais
É dinheiro para sustentar privilégios e mordomias. Enquanto os estados lutam para equilibrar as contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência. Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem?
Zema nas redes sociais